Banca de DEFESA: ALIPIO DE ARAUJO PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALIPIO DE ARAUJO PEREIRA
DATA : 09/04/2025
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet: meet.google.com/ioo-wfnt-ryu
TÍTULO:

TERRITÓRIO E INFORMAÇÃO: O USO DO TERRITÓRIO PELOS INDÍGENAS NO CATU E AMARELÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Território usado; comunidades indígenas; Catu; Amarelão dos Mendonças; internet.


PÁGINAS: 208
RESUMO:

A premissa da inexistência de povos indígenas no Rio Grande do Norte vem sendo contestada a partir dos anos 2000, quando indivíduos que habitam áreas rurais de municípios do leste potiguar passaram a reivindicar suas ancestralidades enquanto descendentes dos povos originários deste território. A comunidade indígena do Catu, que disputa o uso do território com a indústria sucroalcooleira, e as aldeias do território do Amarelão dos Mendonças, que disputam o uso do território com a energia eólica, têm feito uso da internet, por meio das redes sociais, para dar suporte à sua luta por demarcação de terras. Diante disso, a questão central que esta pesquisa responderá é: como comunidades indígenas se apropriam da internet para dar novos usos aos territórios do Catu e do Amarelão dos Mendonças, no Rio Grande do Norte? O objetivo geral desta pesquisa consiste em analisar como as comunidades indígenas dos territórios do Catu e do Amarelão dos Mendonças se apropriam e utilizam a internet como uma estratégia de resistência territorial, para dar visibilidade cultural e promover mobilização frente à imposição capitalista do uso do território como recurso, especialmente na contestação e negociação dos impactos trazidos pelos parques de energia eólica e pela expansão da cultura canavieira. Para alcançar os objetivos, foram utilizados procedimentos metodológicos, que foram divididos em três partes: a primeira é a pesquisa bibliográfica, além de pesquisa documental, que contribuíram para o enriquecimento teórico e das discussões; trabalho de campo, onde foi realizada a aplicação de questionário e se travaram diálogos, coleta de dados de GPS e fotos; e, finalmente, os dados coletados foram analisados criticamente à luz da teoria escolhida, resultando em um texto dissertativo contendo mapas, gráficos e imagens. Como resultado, foi possível analisar como se deu o impacto da evolução da internet até a chegada nas comunidades indígenas do Catu e Amarelão, já começando a transformar as realidades dos indivíduos que buscam o uso do território como abrigo. A partir do uso das redes sociais da internet, é dual: se, por um lado, ela possibilita a busca por políticas públicas voltadas para os indígenas, bem como a demarcação de suas terras, por outro, ela facilita a inserção de ideologias da psicosfera do capital nas comunidades. No entanto, vale destacar que o uso das redes sociais vem contribuindo de forma decisiva, em todas as escalas da luta indígena, para a organização política, suas resistências territoriais e sua visibilidade cultural. Ainda assim, após sua conclusão, nota-se a possibilidade de contribuir para o planejamento estatal frente à demarcação das terras indígenas aqui abordadas, bem como oferecer subsídio para futuros trabalhos sobre a temática.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2615432 - JANE ROBERTA DE ASSIS BARBOSA
Interno - 2346233 - FRANCISCO FRANSUALDO DE AZEVEDO
Externo ao Programa - 1337383 - JOSE GLEBSON VIEIRA - UFRNExterno à Instituição - RAFAEL PEREIRA DA SILVA - UEPB
Notícia cadastrada em: 28/03/2025 14:08
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