Banca de QUALIFICAÇÃO: RODOLFO NOBERTO DE MACEDO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RODOLFO NOBERTO DE MACEDO
DATA : 21/03/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet: https://meet.google.com/zny-rawi-yrn
TÍTULO:

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS DO RIO GRANDE DO NORTE: UMA ANÁLISE DAS INTERAÇÕES ENTRE O TERRITÓRIO USADO, NEOLIBERALISMO E RELIGIÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Comunidades Terapêuticas. Neoliberalismo. Território usado. Políticas Públicas.


PÁGINAS: 52
RESUMO:

O objetivo dessa dissertação é compreender a inserção das Comunidades Terapêuticas (CTs) no estado do Rio Grande do Norte (RN) no contexto da neoliberalização das políticas públicas de saúde mental, investigando como essas instituições se apropriam e utilizam o território, consolidando-se como alternativas à carência de equipamentos públicos e ao avanço da privatização dos serviços de atenção psicossocial. Fundamentada na Geografia crítica e ancorada no conceito de território usado de Milton Santos (2006), a pesquisa analisa as interações entre neoliberalismo, religião e saúde mental, considerando o financiamento público das CTs e sua articulação com práticas religiosas no atendimento aos usuários de substâncias psicoativas (SPA). A abordagem metodológica é de caráter qualitativo e quantitativo, envolvendo pesquisa documental e bibliográfica, análise financeira dos repasses públicos às CTs, mapeamento geográfico das instituições e entrevistas semiestruturadas com gestores, profissionais e usuários. Os resultados parciais revelam a consolidação das CTs como mecanismo de privatização indireta das políticas públicas de saúde mental no RN, por meio do repasse sistemático de recursos estatais para instituições privadas, majoritariamente religiosas, que adotam modelos terapêuticos centrados na disciplina, espiritualidade e abstinência, em contraste com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica brasileira. Além disso, constatou se a concentração espacial dessas instituições em áreas de difícil acesso, o que favorece práticas de isolamento social e dificulta o acesso a serviços públicos complementares, configurando um processo de territorialização seletiva e desigual do cuidado em saúde mental. A partir desses achados, a pesquisa contribui para o debate acadêmico sobre os impactos territoriais e políticos da atuação das CTs, apontando para a necessidade de maior fiscalização, transparência no financiamento público e fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), garantindo o direito à saúde mental de forma pública, laica e baseada em evidências científicas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2615432 - JANE ROBERTA DE ASSIS BARBOSA
Interno - 1804177 - DIEGO SALOMAO CANDIDO DE OLIVEIRA SALVADOR
Externo à Instituição - LUCIANO PEREIRA DUARTE SILVA - UFGD
Externa à Instituição - SILVANA CRISTINA DA SILVA - UFF
Notícia cadastrada em: 13/03/2025 13:17
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