Banca de DEFESA: NOEME MARTINS DE ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NOEME MARTINS DE ARAUJO
DATA : 12/05/2023
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/rxg-repi-jfb
TÍTULO:
O DISCURSO GEOGRÁFICO N’O ABOLICIONISMO: CONTRIBUIÇÕES À INTERPRETAÇÃO DA FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL

PALAVRAS-CHAVES:
O Abolicionismo. Joaquim Nabuco. Discurso Geográfico. Formação Territorial do Brasil. Escravidão.

PÁGINAS: 262
RESUMO:

 

Esta pesquisa debruçou-se sobre o livro O Abolicionismo (2011a [1883]), do escritor nordestino Joaquim Nabuco. Na obra, o autor dedicou atenção especial ao processo de ocupação do espaço brasileiro e à produção econômica, ambos mediados pela escravidão. De forma substancial, a composição do cenário interno e externo ao O Abolicionismo deu-se concomitantemente à ausência das ciências sociais institucionalizadas no Brasil, e, inclusive, da Geografia. Tal condição deu à literatura a incumbência de narrar, descrever e interpretar a realidade do país, cujos registros resultaram em uma gama de documentos que possibilitou a construção dos discursos geográficos. Partindo dessa perspectiva, conciliamos essas observações iniciais para fazer notar a questão central da presente pesquisa: Quais são as principais contribuições geográficas da obra para a interpretação da formação territorial do Brasil? Para alcançar resultados satisfatórios, tecemos, como objetivo central, analisar as contribuições geográficas do livro à compreensão da formação territorial do Brasil. Os procedimentos metodológicos assumidos pautaram-se, principalmente, em pesquisas bibliográfica e documental. Nesse processo, ainda destacamos que a análise da obra O Abolicionismo tomou caminho interpretativo dos ‘elementos de compreensão’ apontados por Candido (2000; 2006b), os quais orientam uma minuciosa investigação em termos de autor, obra, bem como os fatores externos, também denominados extraliterários, que compreendem as condições sociais, contextuais e influências ideológicas atuantes no núcleo das ideias do escritor. Como resultado desta pesquisa, observou-se que o jurista contemplou uma visão da formação territorial do Brasil cuja estrutura foi envolvida por relações autoritárias sob o manto da escravidão. Nessa perspectiva, percebeu-se a tríade monocultura, trabalho escravo e latifúndio como o modelo que estabeleceu os aspectos sociais, econômicos e geográficos do país. Além disso, revelou-se que, na
contemporaneidade, o padrão de ‘desenvolvimento’ permanece inalterado, mantendo o mesmo tripé do período colonial, o qual mantém a população, principalmente a parcela negra, em condições bastante similares àquela retratada por Joaquim Nabuco n’O Abolicionismo, em  1883.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3060741 - HUGO ARRUDA DE MORAIS
Interna - 350836 - IONE RODRIGUES DINIZ MORAIS
Externo à Instituição - CLÁUDIO JORGE MOURA DE CASTILHO - UFPE
Notícia cadastrada em: 09/05/2023 14:17
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa07-producao.info.ufrn.br.sigaa07-producao