Banca de DEFESA: LUIS FELIPE FERNANDES BARROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUIS FELIPE FERNANDES BARROS
DATA : 30/04/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 520 do CCHLA
TÍTULO:

O USO DO TERRITÓRIO E O SISTEMA TÉCNICO EÓLIO ENERGÉTICO: COEXISTÊNCIAS, CONFLITOS E SOLIDARIEDADES COM OS ASSENTAMENTOS RURAIS DE REFORMA AGRÁRIA NO RIO GRANDE DO NORTE.


PALAVRAS-CHAVES:

Uso do território; Energia Eólica; Assentamentos rurais.


PÁGINAS: 215
RESUMO:

A compreensão do mundo moderno passa por um amplo conjunto de variáveis que se constituem, muitas vezes, no objeto de estudo de diversos ramos da ciência. No caso da Geografia entender de que forma se dá a ação humana sobre a superfície terrestre, reestruturando-a e requalificando-a é seu foco. Portanto, a depender do estágio em que se encontra o nível técnico de cada sociedade observa-se formas distintas de uso do território, cada qual com os traços do seu povo, tal qual uma medalha cunhada, como dizia Vidal de La Blache. Neste sentido, até o século XVIII havia um traço em comum a todo o Mundo, a ausência de energia elétrica. Com o advento desta nova técnica a maneira como o ser humano passou a viver na Terra muda completamente e foi necessário criar uma série de estratégias para manter a estabilidade da relação entre oferta e demanda. Com o passar do tempo, o carvão, o gás natural e o petróleo, três das mais importantes fontes de energia de todos os tempos começam a dar sinais de esgotamento, e então o mundo começou a discutir a necessidade de se encontrar novas fontes de energia que fossem do tipo “renovável”. Neste contexto, a energia gerada por fontes hidráulica; solar; biomassa e eólica passam a ser consideradas como as modernas formas de geração de energia. Logo se deu origem a uma divisão territorial do trabalho em uma clara relação entre potencialidades oferecidas pelo meio ecológico e a disponibilidade de técnicas para seu aproveitamento. O Brasil, com enorme potencial hidrelétrico vem investindo maciçamente nesta fonte de energia desde a década de 30 do século passado, e desde o início do século XXI a fonte eólica tem crescido exponencialmente. No Rio Grande do Norte esta forma de produzir energia tem avançado de maneira signifcativa, e atualmente o estado produz 3.4Gw o equivalente a 27% da produção eólica nacional. Para tanto, esta técnica fixa-se naquilo que chamamos de meio rural, coexistindo com atividades precedentes como a agricultura, a pecuária, o extrativismo, a pesca, entre outras. Desta forma, este trabalho teve como foco compreender as solidariedades e conflitos decorrentes da coexistência entre a atividade eólica e os assentamentos rurais de reforma agrária em terras potiguares. Para tanto, foram visitadas 45 (quarenta e cinco) localidades pelo estado onde foi possível registrar a fala dos(as) assentados(as), trazendo à tona as várias situações constrangedoras , mas também os benefícios gerados em cada lugar, através do desenvolvimento desta atividade no meio rural potiguar. Cabe, sobretudo, afirmar que se trata de empreendimentos envoltos em uma complexa rede de articulações entre setor privado e setor político, discurso arrojado e persuasivo, onde os moradores locais possuem limitados poderes de decisão. Ainda sim, a atividade se apresenta como fundamental ao desenvolvimento do Rio Grande do Norte através da autossuficiência energética.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1486670 - CELSO DONIZETE LOCATEL
Interno - 967.384.054-72 - JANE ROBERTA DE ASSIS BARBOSA - UFRN
Externo à Instituição - SEDEVAL NARDOQUE - UFMS
Notícia cadastrada em: 16/04/2018 09:28
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa07-producao.info.ufrn.br.sigaa07-producao