Banca de DEFESA: SARAH DE SOUSA FERREIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SARAH DE SOUSA FERREIRA
DATA : 22/06/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Carl Peter von Dietrich e Videoconferência - Link para acesso: meet.google.com/ocw-edtc-skj
TÍTULO:

Desenvolvimento e avaliação de antídotos para envenenamento pela serpente Bothrops brazili: investigação do potencial antiofídico de ácidos fenólicos e obtenção de um sistema nanoparticulado de quitosana para produção de antissoros


PALAVRAS-CHAVES:

Bothrops brazili. Compostos fenólicos. Nanotecnologia. Ofidismo. Soroterapia.


PÁGINAS: 199
RESUMO:

O ofidismo causa elevada mortalidade e morbidade em muitas regiões do mundo. Atualmente, o único tratamento é a soroterapia que apresenta algumas limitações, tais como: alto custo para a sua produção, baixa eficácia na neutralização dos efeitos locais, dificuldade de acesso em algumas regiões e reações adversas.Considerando tais fatores, este trabalho tem por objetivo geral apresentar novas alternativas para aprimorar o tratamento do ofidismo. Para este fim, foi utilizada a peçonha da serpente Bothrops brazili, espécie pouco estudada que é encontrada principalmente na região Amazônica. Deste modo, o presente estudo tem como objetivos específicos (1) analisar o potencial inibitório dos ácidos clorogênico e rosmarínico frente aos efeitos locais e sistêmicos induzidos pelo envenenamento por B. brazili, (2) obter e caracterizar nanopartículas de quitosana associadas a peçonha dessa espécie através de dois modos (incorporação e adsorção), a fim de serem avaliadas em relação ao potencial imunoadjuvante para a produção de um novo soro. A avaliação do potencial antiofídico dos ácidos clorogênico e rosmarínico foi realizada por meio de ensaios in vitro, in vivo e in silico. Nos ensaios in vitro, os ácidos foram capazes de inibir a atividade de proteases e fosfolipases da peçonha, além de reduzir o efeito pró-coagulante em plasma humano causado pela mesma. In vivo, esses compostos inibiram efeitos locais como edema, hemorragia, aumento da enzima mieloperoxidase e miotoxicidade. In sílico os ácidos mostraram ser capazes de interagir com fosfolipases da peçonha. Ademais, os ácidos mitigaram os efeitos sistêmicos decorrentes do envenenamento, que foram esses: danos renais, hepáticos, musculares, alterações hemostáticas (tempo de tromboplastina parcialmente ativada, tempo de protrombina e plaquetograma), hematológicas (eritrograma e leucograma) e peroxidação lipídica. Para a produção das nanopartículas de quitosana foi utilizada a técnica de gelificação iônica. As nanopartículas apresentaram tamanho entre 150 a 190 nm, potencial de aproximadamente + 30 mV e índice de polidispersão (PDI) de aproximadamente 0,400. Estes parâmetros foram avaliados pela técnica Dynamic Light Scattering (DLS). A nanopartículas apresentaram 97% de eficiência para incorporar e adsorver a peçonha e as análises de microscopia eletrônica de varredura com fonte de emissão de campo (MEVFEG) e microscopia de força atômica (MFA) mostraram que essas possuíam forma e tamanho homogêneos. A análise de espectroscopia da região do infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) revelou que a peçonha apresentou bandas em 1543 cm-1 e 1651 cm-1 referentes a grupamentos amida. As nanopartículas apresentaram bandas em 916, 1087, 1259 e 1340 cm-1 que sofreram desvio após a incorporação e adsorção da peçonha. Em conclusão, estes resultados demostram que os ácidos clorogênico e rosmarínico apresentam potencial de inibição dos efeitos locais e sistêmicos provocados pelo envenenamento por B. brazili, o que os tornam possíveis alternativas para a complementação da soroterapia. Ainda, as nanopartículas de quitosana foram eficientes em incorporar e adsorver a peçonha apresentando grande potencial para serem utilizadas como adjuvante na produção de um novo soro antiofídico.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1639820 - ARNOBIO ANTONIO DA SILVA JUNIOR - nullExterna à Instituição - DANIELA PRISCILA MARCHI SALVADOR - UFPB
Externo à Instituição - GISELLE PIDDE QUEIROZ - IB/SP
Interno - 2195251 - HUGO ALEXANDRE DE OLIVEIRA ROCHA
Presidente - 1544647 - MATHEUS DE FREITAS FERNANDES PEDROSA
Notícia cadastrada em: 10/06/2022 15:07
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