Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOYCE MARIA PEREIRA DE OLIVEIRA
DATA : 15/04/2025
HORA: 18:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:
Impacto De Um Protocolo De Exercício Semi Supervisado Pelo Telemonitoramento Na Musculatura Do Assoalho Pélvico De Gestantes Diabéticas
PALAVRAS-CHAVES:
Assoalho pélvico; Exercício; Gestantes; Telemedicina.
PÁGINAS: 50
RESUMO:
Introdução: A gestação é um período de inúmeras transformações no corpo da mulher, impactando na musculatura do assoalho pélvico (MAP). As mulheres com Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) podem apresentar maior vulnerabilidade às disfunções do assoalho pélvico (DAP), como a incontinência urinária, devido às alterações metabólicas e biomecânicas associadas à condição. A literatura mostra que o exercício físico promove controle da glicemia, e somado aos efeitos do treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP) fortalece a MAP na gestação e no pós-parto, prevenindo as DAP. Diante disso, o acompanhamento por telemonitoramento pode melhorar a adesão e aceitabilidade das pacientes com relação ao exercício físico, como também ao TMAP. Objetivo: Avaliar o impacto de um protocolo de exercício semi-supervisionado por telemonitoramento na função da MAP de gestantes com DMG. Metodologia: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, envolvendo gestantes atendidas no pré natal da Maternidade Escola Januário Cicco. A avaliação das voluntárias ocorreu após a sua aceitação na pesquisa e confirmado os critérios de elegibilidade, foi realizado o exame físico da MAP pela manometria vaginal e a Escala Modificada de OXFORD, e aplicado a ficha de avaliação contendo anamnese e os questionário: Pelvic Floor Distress Inventory (PFDI-20), Pelvic Floor Impact Questionnaire-short form 7 (PFIQ- 7), International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF), Índice de Função Sexual (FSFI). As participantes foram alocadas em dois grupos: o Grupo Exercício (GE), que recebeu um protocolo estruturado com treinamentos gerais e específico para o MAP, com acompanhamento remoto, e um Grupo Comparador (GC), que recebeu orientações educativas através de uma cartilha. Ao final, na 35ª e 36ª semana de gestação, foi realizada a reavaliação com as mesmas etapas iniciais, acrescido o Patient Global Impression of Change (PGI-C). Resultados: No GE, com relação a escala modificada de OXFORD houve uma melhora na força da MAP, com redução de pacientes em níveis de força mais fracos, grau 2 foi de 18,7% para 0%, e aumento na média da pressão da MAP pela manometria vaginal, de 27,7 cmH2O para 33,3 cmH2O. Na avaliação dos sintomas urinários pelo ICIQ-SF, o GC teve aumento no impacto “muito grave” de 18,7% para 33,3%, e o GE diminuição na média do escore total de 5,2 para 2,9, e os casos "muito graves" foi de 31,3% para 13,3%. Para o PFDI-20 o escore total do GC reduziu de 34,9 para 28,1, e no GE, maior redução, de 56,7 para 41,7, indicando uma maior melhora nos sintomas. No PFQI-7, o GC apresentou uma piora de 0 para 7,1, enquanto no GE redução de 19,0 para 9,5 com efeitos positivos. E, para função sexual, ambos os grupos apresentaram redução na pontuação, indicando piora, sendo mais acentuada no GC de 24,6 para 19,0. No PGI, o GC 62,5% relataram piora, enquanto no GE, a percepção de piora foi de 37,5%. Conclusão: Os dados preliminares mostram que o telemonitoramento de exercícios semi-supervisonados de mulheres com DMG favoreceu melhores resultados na função do assoalho pélvico em mulheres que aderiram ao exercício.
MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1242804 - ADRIANA GOMES MAGALHAES - UFRN
Externa à Instituição - LEONY MORGANA GALLIANO - University of Otago
Presidente - 2786809 - MARIA THEREZA ALBUQUERQUE BARBOSA CABRAL MICUSSI - UFRN