CINEMÁTICA RESPIRATÓRIA EM DOENÇAS PULMONARES RESTRITIVAS.
Pletismografia optoeletrônica; volumes pulmonares; assincronia toracoabdominal; acidente vascular cerebral; doença de Parkinson.
O processo da ventilação pulmonar é iniciado, do ponto de vista da mecânica respiratória, pela contração ativa dos músculos inspiratórios em situação de repouso, capaz de gerar uma diferença de pressão entre o meio externo e interior da caixa torácica, e tal processo pode estar dificultado em quaisquers situações que limitem a mobilidade da caixa torácica ou que afete diretamente os músculos respiratórios. Atualmente, a Pletismografia Optoeletrônica (POE) é definida como importante instrumento de avaliação capaz de mensurar variações de volumes da parede torácica e seus compartimentos, bem como investigar a presença de movimento paradoxal entre os compartimentos. Sujeitos com doenças neurológicas, como a doença de Parkinson (DP) e pós Acidente Vascular Cerebral (pós-AVC), apresentam um feedback negativo nas áreas de controle ventilatório, que prejudica a mecânica respiratória. Objetivos: 1) Avaliar a cinemática respiratória em sujeitos com doenças respiratórias restritivas; 2) Comparar o movimento toracoabdominal em indivíduos saudáveis utilizando diferentes dispositivos de expansão pulmonar. Metodologia: 1) Foram avaliados 76 indivíduos (29 saudáveis, 27 com DP e 20 pós-AVC), por meio da função pulmonar (espirometria), força da musculatura respiratória (manovacuometria). Posteriormente, os sujeitos foram colocados na posição sentada para avaliação da variação dos volumes da parede torácica e seus compartimentos, assincronia respiratória e presença de movimento paradoxal (POE) durante 3 minutos em respiração tranquila. Os sujeitos também foram avaliados quanto ao tempo de diagnóstico da doença; 2) Indivíduos saudáveis foram avaliados por meio da POE durante o uso três diferentes dispositivos utilizados para expansão pulmonar. Resultados: 1) Ambos os grupos de doença apresentaram redução no volume do compartimento caixa torácica pulmonar (VCTp), quando comparados aos saudáveis (p<0,05). Sujeitos pós-AVC com movimento paradoxal apresentaram menores volumes para a parede torácica total e seus compartimentos, quando comparados aos saudaveis (p<0,05), enquanto que os pacientes DP com movimento paradoxal apresentaram menores valores apenas para VCTp (p<0.05); 2) Em finalização. Conclusão: 1) Metade dos indivíduos pós-AVC e DP apresentaram movimento paradoxal inspiratório, porém as alterações no padrão respiratório foram mais evidentes nos sujeitos pós-AVC com mais de três anos de diagnóstico; 2) Em finalização.