Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCAS MAFALDO OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS MAFALDO OLIVEIRA
DATA: 17/06/2013
HORA: 15:00
LOCAL: AUDITORIO D - CCHLA
TÍTULO:

A relação entre lógos e inteligível no diálogo Fedro de Platão


PALAVRAS-CHAVES:

Dialética, Retórica, Discurso, Lógos, Inteligível, Forma, Ideia, Persuasão.


PÁGINAS: 208
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:

O objetivo desse trabalho é estudar a relação entre lógos e inteligível no diálogo Fedro de Platão. Consideramos que a tensão entre esses dois pólos é o fio condutor do diálogo, criando os parâmetros dentro dos quais serão discutidas questões específicas como retórica, dialética, techne e a crítica à escrita. Consideramos ainda que esta tensão desemboca na noção de conhecimento não-proposicional, isto é, o conhecimento daquilo que é manifesto ao intelecto, mas que resiste ao esforço de ser transposto ao plano discursivo. Ao distinguir a filosofia da retórica por meio da referência ao inteligível, Platão se vê diante da necessidade de discutir a relação entre o que pode ser dito (o que é proposicional) e o que pode ser compreendido (o inteligível). Analisando tanto os argumentos apresentados quanto a estrutura dramática que contém esses argumentos, tentaremos mostrar que essa tensão desemboca em uma conclusão paradoxal: por um lado, o discurso se revela como um instrumento limitado e imperfeito, sujeito a erros e afetado pelos desejos humanos; por outro, o uso do discurso para persuadir o outro – a psicagogia – é incontornável mesmo para os filósofos. Nesse sentido, a retórica da época não é criticada por utilizar o discurso para persuadir, mas por considerar o discurso como um fim em si mesmo. Apesar das limitações intrínsecas do discurso – em especial, mas não exclusivamente, em sua modalidade escrita – ele é um recurso necessário para o filósofo. No entanto, para ser bem utilizado, é preciso compreender que os discursos não são “coisas sérias”; podendo, no entanto, serem valiosos se soubermos utilizá-los para “escrever na alma” dos ouvintes. Em outras palavras, o filósofo deve utilizar o discurso, mas consciente de que eles são apenas um caminho para a apreensão de algo muito mais fundamental do que qualquer discurso: a apreensão das coisas em si mesmas, isto é, do inteligível.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 696.082.881-34 - JOSE GABRIEL TRINDADE SANTOS - UFPB
Externo à Instituição - MARIA DAS GRAÇAS DE MORAES AUGUSTO - UFRJ
Presidente - 1149565 - MARKUS FIGUEIRA DA SILVA
Notícia cadastrada em: 16/05/2013 15:49
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