Banca de QUALIFICAÇÃO: MAYLLA MARIA CORREIA LEITE SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAYLLA MARIA CORREIA LEITE SILVA
DATA : 31/08/2021
HORA: 08:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO, EM CULTIVO DE CÉLULAS E IN VIVO DE FUCOIDANS OBTIDOS DE TRÊS ALGAS MARRONS


PALAVRAS-CHAVES:

Polissacarídeos sulfatados, algas marinhas, estresse oxidativo, zebrafish


PÁGINAS: 83
RESUMO:

O desequilíbrio das reações redox leva ao estresse oxidativo, uma condição de desbalanço entre a produção de pró-oxidante e antioxidantes. Quando as defesas antioxidantes não agem evitando a ação das espécies reativas envolvidas no processo, ocorrem vários danos celulares, e o acúmulo de células danificadas levam a danos aos tecidos e órgãos, ocasionando o surgimento de doenças, como doenças cardiovasculares, câncer, Parkinson, Alzheimer, aterosclerose e deficiências psíquicas ou potencializando os efeitos deletérios de situações preexistentes, como envelhecimento precoce. Para combater isso a busca por moléculas com potencial antioxidante tem ocorrido, principalmente de fontes naturais. Uma dessas fontes são as algas marinhas marrons, que sintetizam moléculas chamadas de fucoidan, que contêm alfa-L-fucose sulfatada em sua constituição. Várias atividades farmacológicas são atribuídas aos fucoidans das mais diversas algas marrons. Entretanto, quanto ao seu potencial antioxidante, não foi avaliado se existe diferença na atividade antioxidante entre diferentes fucoidans. Dessa forma objetivou-se com esse trabalho, identificar qual dos fucoidans comerciais, obtidos das três algas: Undaria pinnatifida (FUP), Macrocystis pyrifera (FMP) e Fucus vesiculosos (FFV), apresenta a melhor atividade antioxidante in vitro, em células e in vivo. O fucoidans foram obtidos comercialmente, e a análise da sua composição mostrou que estes são polissacarídeos ricos em fucose e sulfato. Análises de HPLC indicaram massas moleculares aparentes diferentes: 168,5 (FUP); 70,4 (FMP) e 97,7 kDa (FFV). As atividades antioxidantes in vitro indicaram que FUP é mais potente. Em suma, FUP foi capaz de quelar ~25% de íons cobre, sequestrar ~50% de H2O2 e 73% dos radicais hidroxila. Quando os fucoidans foram avaliados em condições de cultivo celular em macrófagos (RAW 264.7), todos inibiram o efeito do peróxido de hidrogênio em diminuir a viabilidade dessas células. Os resultados corroboraram com os dados obtidos no ensaio de live/dead, onde as células tratadas com fucoidans exibiram menos marcações em vermelho, indicativo de dano celular, comparado ao controle positivo ao qual foi adicionado apenas H2O2. Os dados obtidos in vitro e com células deram suporte para a realização dos testes in vivo. Para tal, foi utilizado como modelo embriões de Danio rerio (zebrafish). Com relação a taxa de sobrevivência de embriões, na presença dos fucoidans e H2O2, foi observado maior percentual comparado ao controle positivo. E com a eclosão das larvas percebeu-se que a marcação por laranja de acridina, que marca células mortas ou em processo de morte celular, nos animais tratados com FFV e FMP era significativamente menor do que a observada com o grupo controle negativo, o que destaca o efeito protetivo dos fucoidans. Considerando a atividade antioxidante promovida por FMP, conclui-se que esse fucoidan tem o melhor potencial antioxidante, tanto em células como in vivo, ainda que in vitro não tenha se sobressaído, o fucoidan de M. pyrifera é o mais promissor com relação as atividades antioxidantes.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3060683 - LEONARDO THIAGO DUARTE BARRETO NOBRE
Presidente - 1544647 - MATHEUS DE FREITAS FERNANDES PEDROSA
Interna - 2085604 - SUSANA MARGARIDA GOMES MOREIRA
Notícia cadastrada em: 17/08/2021 07:59
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