Banca de QUALIFICAÇÃO: GIULIAN CÉSAR DA SILVA SÁ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GIULIAN CÉSAR DA SILVA SÁ
DATA : 16/12/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

EXTRATOS E NANOEMULSÕES DE Tephrosia toxicaria (Sw.) Pers. COMO AGENTES DE BIOCONTROLE AEDICIDA E

ANTIOXIDANTE


PALAVRAS-CHAVES:

Extratos vegetais; SNEDDS; Arboviroses; Aedes aegypti; Estresse oxidativo.


PÁGINAS: 292
RESUMO:

O crescimento exponencial da população mundial, associado ao desequilíbrio ambiental e alta demografia, tem promovido o surgimento e aumento de arboviroses e doenças crônicas. As arboviroses são doenças vetorizadas por artrópodes como Aedes aegypti, cuja expansão e adaptação são favorecidas por desequilíbrios ambientais. Já doenças crônicas, em especial às associadas ao estresse oxidativo, originam-se da desregulação da homeostase fisiológica de espécies reativas. Mesmo que vários esforços tenham sido lançados, ainda não há recursos completamente eficazes para conter a expansão dessas doenças, instando o controle do inseto por inseticidas químicos e o retardo ou neutralização dos efeitos deletérios oriundos do estresse oxidativo por administração de compostos antioxidantes como estratégias de primeira linha para a prevenção e tratamento de doenças crônicas. Face ao destaque que formulações botânicas vêm ganhando neste cenário, a presente pesquisa objetivou investigar as atividades aedicida e antioxidante de extratos e nanoemulsões obtidos de raízes, caules, folhas e sementes de Tephrosia toxicaria. A partir desses tecidos e órgãos foram obtidos oito extratos, quatro aquosos e quatro hidroetanólicos, cuja caracterização parcial revelou uma abundância proteica, em especial inibidores de proteases cisteínicas, em relação aos demais constituintes investigados. Dentre os extratos, o extrato hidroetanólico de raízes (RHA) foi o mais ativo contra larvas de Aedes aegypti, com CL50 de 0,33 e 0,17 mg/mL em 24 e 48 horas de exposição, respectivamente. Uma nanoemulsão foi obtida desse extrato (SNTt) e avaliada enquanto agente larvicida, cuja CL50 foi de 0,55 e 0,22 mg/mL em 24 e 48 horas de exposição. O provável mecanismo de ação pode estar associado ao fato de os inibidores de protease presentes em RHA, tanto no extrato livre quanto encapsulado, serem capazes de se ligar às proteases do intestino médio das larvas, promovendo-lhes alterações funcionais com consequente morte larval. A manifestação da atividade antioxidante também variou com tipo de extração, parte da planta, concentrações de extrato e ensaio de detecção empregado. Tanto in vitro quanto in vivo, os extratos mostraram-se capazes de inibir o acúmulo de espécies reativas intracelulares. Após ranqueamento, o extrato hidroetanólico de folhas (FHA) se destacou como o mais promissor em função da pontuação obtida. A atividade antioxidante em FHA, foi preservada após aquecimento a 100 ºC por 15 minutos, sugerindo não estar ligada a fração proteica. No entanto, sua caracterização química revela baixos teores de compostos fenólicos totais, indicando a possibilidade da ação de outra classe fitoquímica nessa atividade. Adicionalmente, SNTt também exibiu atividade antioxidante, com resultados mais promissores que o extrato livre (RHA) na concentração de 0,1 mg/mL. RHA, FHA e SNTt não apresentaram toxicidade para linhagens celulares não cancerígenas (3T3) e nem induziram a proliferação de linhagens cancerígenas (HepG2), estimulando sua avaliação para compor formulações anti-Aedes e antioxidante.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2578619 - ANA HELONEIDA DE ARAUJO MORAIS
Interno - 2195251 - HUGO ALEXANDRE DE OLIVEIRA ROCHA
Externa à Instituição - PATRICIA BATISTA BARRA MEDEIROS BARBOSA - UERN
Notícia cadastrada em: 18/11/2020 17:24
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