Banca de DEFESA: LUANA CARLA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUANA CARLA DOS SANTOS
DATA : 30/10/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Envolvimento da via da quinurenina na retirada do etanol: evidências comportamentais e bioquímicas


PALAVRAS-CHAVES:

retirada do etanol, ansiedade, depressão, IDO, quinurenina, minociclina


PÁGINAS: 101
RESUMO:

Ansiedade e depressão são sintomas associados à retirada do etanol que levam os indivíduos à recaída. Na via do triptofano, a enzima indoleamina 2,3 dioxigenase (IDO) é responsável pela conversão do triptofano em quinurenina e uma desregulação dessa via tem sido associada a transtornos psiquiátricos, dentre eles a ansiedade e a depressão. O presente estudo testou a hipótese de que a via da quinurenina participa na modulação dos efeitos comportamentais da retirada em curto e longo prazo do etanol. No experimento 1, ratos Wistar receberam concentrações crescentes de etanol por 21 dias e foram submetidos a uma bateria de testes comportamentais 3, 5, 10, 19 e 21 dias após a retirada do etanol. No experimento 2, os animais foram submetidos ao mesmo protocolo de exposição ao etanol, sendo eutanasiados 3 dias (curto prazo) ou 21 dias (longo prazo) após a retirada do etanol. Os encéfalos foram dissecados para análise da concentração de quinurenina (como medida da atividade da IDO) no córtex pré-frontal, hipocampo e estriado. No experimento 3, ratas foram submetidas a testes comportamentais nos dias 3, 19 e 21 após a retirada de etanol e, após eutanásia, os encéfalos foram dissecados para análise da atividade da IDO nas áreas supracitadas. A retirada de etanol em curto prazo diminuiu a exploração dos braços abertos no labirinto em cruz elevado, enquanto no teste do nado forçado ratos submetidos a retirada em longo prazo apresentaram maior tempo de imobilidade, quando comparados aos animais controle. A retirada do etanol não alterou a locomoção nem a coordenação motora dos ratos (experimento 1). No experimento 2, a retirada em longo prazo do etanol aumentou as concentrações de quinurenina no córtex pré-frontal. No experimento 3, a administração de minociclina em ratas preveniu o efeito do tipo ansiogênico promovido pela retirada em curto prazo e o efeito do tipo depressivo favorecido pela retirada em longo prazo do etanol. Não houve alteração locomotora, nem nas concentrações de quinurenina nas áreas encefálicas investigadas. Em conclusão, a retirada de etanol em curto prazo favoreceu um comportamento do tipo ansioso, enquanto a retirada em longo prazo induziu comportamento do tipo depressivo. A retirada prolongada de etanol elevou os níveis de quinurenina especificamente no córtex pré-frontal em machos, sugerindo que as respostas depressivas observadas após a retirada prolongada podem estar relacionadas ao aumento da atividade de IDO. Em fêmeas, a administração de minocilina foi capaz de reverter comportamentos dos tipos ansioso e depressivo causados pela retirada do etanol, reforçando que esta via pode ser uma opção na farmacoterapia da abstinência do etanol.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1720860 - VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
Externo ao Programa - 3550124 - JUDNEY CLEY CAVALCANTE
Externa ao Programa - 3143827 - JULIANA FÉLIX DA SILVA
Externa à Instituição - JANAINA MENEZES ZANOVELI - UFPR
Externo à Instituição - LEANDRO JOSE BERTOGLIO - UFSC
Notícia cadastrada em: 30/10/2020 14:33
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa10-producao.info.ufrn.br.sigaa10-producao