OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO E MODELAGEM DE CELULASES HALOTOLERANTES DE UMA LINHAGEM MARINHA DE Bacillus subtilli
Bioprocessamento; Endoglucanases termostáveis; Microrganismos celulolíticos.
A demanda atual por fontes de energia renovável e ecológicas impulsionou a busca de alternativas capazes de substituir o uso de combustíveis fósseis. Uma das inovações mais promissoras para impactar positivamente o cenário mundial de energia é a produção de bioetanol de segunda geração (2Getanol) a partir de açúcares redutores derivados da degradação enzimática de material lignocelulósico que normalmente é descartada em processos agroindustriais. A celulose é o homopolissacarídeo linear mais abundante do planeta formado por unidades de glicose ligadas por ligações glicosídicas do tipo β-(1-4). Além de sua estrutura primária formada por uma sequência de resíduos de glicose, as microfibrilas de celulose agregam-se formando fibrilas que são estabilizadas através da formação de várias ligações de hidrogênio entre os grupos hidroxila intra e inter-cadeia, característica responsável pela estrutura cristalina e recalcitrante desse carboidrato. O presente trabalho teve por objetivo a modelagem estrutural e o estabelecimento de bioprocessos enzimáticos otimizados para a conversão do material lignocelulósico processado em açúcares redutores fermentáveis. Após o processo de otimização o máximo rendimento prático obtido foi de 318,809 ± 0,784 U/mL enquanto que a modelagem in silico evidenciou a presença de estrutura monomérica na principal endoglucanase envolvida no processo. De acordo com os dados obtidos neste trabalho, foi possível concluir pela potencial aplicação, deste bioprocesso otimizado, nos processos industriais para geração de bioetanol.