Banca de DEFESA: MOACIR FERNANDES DE QUEIROZ NETO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MOACIR FERNANDES DE QUEIROZ NETO
DATA : 29/07/2019
HORA: 08:30
LOCAL: Sala Carl Peter von Dietrich - Departamento de Bioquímica
TÍTULO:

Potencialização da atividade antioxidante de polissacarídeos (quitosana e dextranas) através da sua conjugação com ácido gálico.


PALAVRAS-CHAVES:

Estresse oxidativo; glucana; Leuconostoc ssp; planejamento fatorial; radicais livres; oxalato de cálcio


PÁGINAS: 113
RESUMO:

Estresse oxidativo nas células ocorre quando há um desequilíbrio entre a quantidade de antioxidantes e oxidantes a favor destes últimos, o que, por conseguinte, pode ser causa de mais de 100 doenças. A fim de se combater esta situação pode-se utilizar antioxidantes exógenos adquiridos principalmente através da alimentação. Por isso, há uma busca por diferentes fontes de compostos com ação antioxidantes, inclusive de compostos semissintéticos ou sintéticos. Polissacarídeos são moléculas naturais cuja capacidade antioxidante varia de acordo com o tipo de polissacarídeo e que pode ser modificada com conjugação do polissacarídeo com diferentes grupos como ácido gálico (AG). Quitosanas e dextranas são duas das famílias de polissacarídeos mais abundantes na natureza e que tem diversas aplicações. Todavia, possuem baixo potencial antioxidante, o que restringe o seu uso. Nesse trabalho a partir do método de conjugação verde foi possível conjugar AG à quitosana e dextrana e a conjugação foi confirmada através das análises de dosagem de compostos fenólicos, infravermelho e ressonância magnética nuclear. Foi possível incorporar 10,2 ± 1,5 mg AG/g de quitosana, o que provocou um aumento de 2 vezes na capacidade antioxidante total (CAT), 5 vezes no poder redutor e houve o surgimento de uma atividade de quelação férrica (cerca de 60%) não observada com a quitosana nativa. Além disso o conjugado também foi capaz de impedir a formação exacerbada de cristais de oxalato de cálcio in vitro, o que foi observado com a quitosana nativa. No tocante a dextrana, vale salientar que este é o primeiro relato de conjugação desse polissacarídeo a AG, que no caso foi 36,8 ± 1,4 mg de AG/g de dextrana. A dextrana nativa não apresentou atividade antioxidante em nenhum teste, porém a dextrana conjugada apresentou atividades nos testes de CAT (14 mg ácido ascóbico (AA)/g), sequestro de radical superóxido (60%) e poder redutor (90%). Devido ao seu ineditismo o processo de conjugação da dextrana com AG foi submetido a um planejamento fatorial com intuito de entender como as variáveis (quantidade de peróxido e quantidade de AG) influenciavam na síntese da dextrana conjugada; em suas atividades antioxidantes; e de obter uma condição ideal de conjugação de AG à dextrana. Verificou-se que a quantidade de AG no processo de conjugação é inversamente proporcional as atividades antioxidantes, e que a condição ideal para produção de uma molécula com potencial antioxidante máximo é aquela produzida com peróxido de concentração 1,2M e proporção de AG para dextrana de 1:1. A molécula ideal teve CAT de 60 mg de AA/g de amostra, quelação de cobre próxima de 50%, e um poder redutor próximo de 90%. Em suma, o método verde de conjugação de AG foi eficiente tanto para quitosana quanto para dextrana e em ambos os casos, foi possível aumentar o potencial antioxidante desses polissacarídeos, indicando um potencial uso desses derivados como substituintes das sas moléculas nativas nas diversas aplicações.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2195251 - HUGO ALEXANDRE DE OLIVEIRA ROCHA
Interno - 2962496 - RAFAEL BARROS GOMES DA CAMARA
Externo à Instituição - DIEGO DE ARAUJO SABRY - IFRN
Externo à Instituição - RANIERE FAGUNDES DE MELO SILVEIRA
Externa à Instituição - VALQUIRIA PEREIRA DE MEDEIROS - UFJF
Notícia cadastrada em: 23/07/2019 15:40
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