Banca de QUALIFICAÇÃO: JÉSSYCA TAMIRES DA FONSECA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JÉSSYCA TAMIRES DA FONSECA
DATA : 14/05/2018
HORA: 10:00
LOCAL: Sala de Reuniões do Centro de Biociências
TÍTULO:

REPARO DE DNA EM CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS HUMANAS


PALAVRAS-CHAVES:

Células-tronco mesenquimais humanas. Reparo de DNA. Estabilidade genética. Senescência celular. PCR array.


PÁGINAS: 86
RESUMO:

As células-tronco mesenquimais humanas (CTMH) são células multipotentes utilizadas em várias pesquisas de terapia celular e engenharia de tecidos, pois apresentam capacidade de se diferenciar em múltiplas e diferentes linhagens, têm grande capacidade de auto renovação e de expansão in vitro, excelentes propriedades imunossupressoras e são capazes de secretar moléculas bioativas que exercem efeitos tróficos. O cordão umbilical é uma fonte rica em CTMH cuja extração não necessita de um procedimento invasivo, além de não envolver controvérsias éticas, políticas e religiosas. Um dos problemas que envolvem o uso dessas células na pesquisa clínica é garantir a sua expansão in vitro para obter um número ideal de células, entretanto essa expansão por longo tempo em cultura pode acabar gerando perda da sua estabilidade genética, o que dificulta seu uso na pesquisa de terapia celular principalmente. Neste trabalho investigamos como o sistema de reparo de DNA se comporta nas CTMH quando submetidas a diferentes condições de cultivo. Para isso foi empregada a metodologia do PCR-array onde foram avaliados a expressão diferencial de 84 genes envolvidos nos principais mecanismos de reparo de DNA nas cinco condições de cultivo impostas à essas células (estado indiferenciado, diferenciado, jovem, senescente e cultivado com micropartículas de hidroxiapatita), buscando avaliar principalmente sua estabilidade genética. A avaliação dos dados mostrou que a permanência das células por longo tempo em cultura tende a levar a uma diminuição de sua estabilidade genética, principalmente através da redução dos mecanismos de reparo de DNA e que todas as vias são afetadas nesse processo, mas as vias do reparo por excisão de nucleotídeos (NER) e o reparo de quebras na dupla fita do DNA (DSBr) são as que apresentam expressão diferencial mais significativa. Quando as células mantidas nas diferentes condições foram comparadas observou-se que tanto a senescência quanto a diferenciação, bem como o cultivo com as micropartículas desencadeiam a diminuição da expressão da maioria dos genes envolvidos no reparo e que nessas condições surgem interações proteicas que também culminam com a diminuição da estabilidade genética das CTMH. Como conclusão, sugere-se que o tempo em cultura requerido para o processo de diferenciação e o próprio processo de diferenciação levam a uma diminuição das vias de reparo de DNA, a senescência celular é um fator limitante para o desemprenho do reparo de DNA nas CTMH e que o cultivo com micropartículas gerou o resultado inesperado de levar a uma diminuição da expressão das vias de reparo, visto que a tendência seria de aumentar. Nesse contexto, mais estudos devem ser realizados a fim de identificar maneiras de manter a estabilidade genética dessas células quando mantidas em por longos períodos em cultivo a fim de facilitar seu uso na pesquisa clínica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1880243 - DANIEL CARLOS FERREIRA LANZA
Externo ao Programa - 1837354 - JULLIANE TAMARA ARAUJO DE MELO CAMPOS
Interno - 1149647 - LUCYMARA FASSARELLA AGNEZ
Notícia cadastrada em: 02/05/2018 14:53
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