Banca de DEFESA: TATIANA KUMMER DA ROCHA PINHEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TATIANA KUMMER DA ROCHA PINHEIRO
DATA : 29/09/2017
HORA: 16:30
LOCAL: Sala Carl Peter von Dietrich
TÍTULO:

Fatores genéticos de susceptibilidade à hanseníase no Rio Grande do Norte


PALAVRAS-CHAVES:

Reações hansênicas. M. leprae. Eritema nodoso hansênico. Reação reversa. Immunochip. SNP.


PÁGINAS: 69
RESUMO:

Hanseníase é uma doença infecciosa crônica, de evolução lenta, com um amplo espectro de manifestações clínicas, causada pela Mycobacterium leprae. O estado do Rio Grade do Norte tem baixo coeficiente de detecção de novos casos, mas algumas localidades apresentam áreas focais com altas taxas de detecção, como a cidade de Mossoró, que apresentou uma taxa de detecção de 39,73 por 100.000 habitantes em 2012. Após a exposição ao bacilo, cerca de 10% das pessoas evoluem para doença, com espectro de apresentações, variando do pólo tuberculóide (Tuberculóide-tuberculóide; borderline-tuberculóide), do pólo intermediário (Borderline-borderline), ao pólo lepromatoso (Borderline lepromatoso; Lepromatosolepromatoso). A Organização Mundial de Saúde também classifica a doença de acordo com o número de lesões, para fins terapêuticos, dessa forma os casos com até cinco lesões são classificadas como paucibacilares (PB), e os casos com mais de cinco lesões, multibacilares (MB). Aproximadamente um terço das pessoas com hanseníase desenvolvem reações imunopatológicas, classificadas como tipo I, tipo II e neurite. A evolução pós-infecção com M. leprae é influenciada por fatores ambientais e pelo repertório genético do hospedeiro. Portanto, com a finalidade de contribuir para o conhecimento da associação de fatores genéticos à susceptibilidade à hanseníase, o objetivo do presente estudo foi analisar polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) associados à susceptibilidade à hanseníase no RN. O desenho de estudo foi caso-controle com estudos de casos de hanseníase e comunicantes. Os participantes foram caracterizados fenotipamente de acordo com a exposição ao M. leprae, considerando presença de anticorpo anti LID-NDO e apresentação clínica. A quantidade de anticorpos variou de acordo com a classificação operacional do caso de hanseníase e o tipo de reação, sendo mais elevada em casos MB e aqueles com reação do tipo II. Todos os participantes também foram genotipados com uso de Immunochip. Para análise dos dados de genotipagem foram considerados: hanseníase vs comunicantes, reação vs não-reação, e taxa de anticorpos anti-LIDNDO. Um total 55 SNPs evidenciaram associação à hanseníase e ao nível de anticorpos. No grupo hanseníase vs comunicantes, 10 SNPs demonstraram associação, sendo 3 relacionados a resposta imune (FASLG, TNFS18, EBF1 e ICOSLG), além de um SNP próximo a VDR, cuja proteína está relacionada com imunomodulação associado a vitamina D3 em monócitos, macrófagos e linfócitos ativados. No grupo reação vs não-reação foi observada a associação de 30 SNPs, 20 próximos a genes conhecidos como de susceptibilidade a psoríase, além de um SNP próximo ao gene UBD. Os níveis de anticorpos LID-NDO estava associado a 15 SNPs, um deles relacionado ao gene THEMIS, que codifica uma proteína com papel regulador na seleção de células T. Dentre os 55 SNPs associados a um dos fenótipos, 4 se encontram em regiões codantes. Os resultados encontrados indicam que o Immunochip é uma ferramenta para identificação de genes de susceptibilidade a desenvolvimento de hanseníase e suas reações. Juntos os dados sugerem que a susceptibilidade à hanseníase e o desenvolvimento de reações hansênicas estão ligados à resposta imune celular e humoral do hospedeiro e potencialmente poderiam ser modulados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 350647 - SELMA MARIA BEZERRA JERONIMO
Externo ao Programa - 1714243 - DANIELLA REGINA ARANTES MARTINS SALHA
Externo à Instituição - LUCAS PEDREIRA DE CARVALHO - UFBA
Notícia cadastrada em: 29/09/2017 11:17
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