INFLUÊNCIA DOS ESTRESSES HÍDRICO E SALINO NOS SISTEMAS ANTIOXIDANTE E LIPÍDICO DURANTE A TRANSIÇÃO SEMENTE-PLÂNTULA EM CÁRTAMO
Transição funcional, peróxido de hidrogênio, ascorbato peroxidase, catalase, isocitrato liase, malato sintase.
Durante o desenvolvimento pós-germinativo, o déficit hídrico e concentrações tóxicas de sais podem afetar processos fisiológicos e metabólicos dos tecidos cotiledonares, como o crescimento, a atividade de enzimas e a mobilização das reservas lipídicas, além de gerar um desequilíbrio redox celular. No entanto, os estudos geralmente relatam alterações metabólicas ao longo do desenvolvimento sob estresses aplicados apenas no momento da embebição. Visto isso, o objetivo desde estudo foi avaliar as mudanças fenológicas e fisiológicas ocasionadas pelos estresses hídrico e salino aplicados no momento da embebição ou durante o estabelecimento semente-plântula. Além de caracterizar a atividade das enzimas APX, CAT e SOD e a expressão das enzimas APX, CAT, ICL e MLS das plântulas de cártamo submetidas aos estresses apenas durante a transição semente-plântula. Verificou-se que o NaCl e o PEG diminuíram a taxa de germinação, o comprimento das raízes, o índice de velocidade de germinação das sementes, o conteúdo de água e umidade dos cotilédones. No entanto, em ambos os tratamentos, ocorreram menores níveis de peroxidação lipídica, atividade da SOD e CAT e na expressão da CAT quando comparado ao controle. Já a atividade e expressão da APX se mantiveram altas durante os tratamentos, assim como a expressão da MLS. A partir disto, concluímos que os tratamentos com NaCl e PEG afetaram os aspectos fenológicos e bioquímicos avaliados durante a de transição semente-plântula e que o sistema da APX e o conteúdo de H2O2 podem estar ligados ao processo de manutenção do estabelecimento fotossintético.