Banca de DEFESA: CRISTIANE SANTOS SÂNZIO GURGEL

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CRISTIANE SANTOS SÂNZIO GURGEL
DATA : 28/06/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Carl Peter von Dietrich - Depto. de Bioquímica - CB/UFRN
TÍTULO:

ESTADO BIOQUÍMICO DE VITAMINA A EM PUÉRPERAS ATENDIDAS DURANTE O PARTO NA CIDADE DE NATAL – RN


PALAVRAS-CHAVES:

Retinol, puérperas, soro, leite humano, pública, privada


PÁGINAS: 171
RESUMO:

Este estudo objetivou avaliar o estado de vitamina A de puérperas atendidas durante o parto na cidade de Natal/RN. Foram recrutadas no estudo 793 mulheres, 60.1% (n=485) da rede pública e 39.0% (n=310) a rede privada. Amostras de soro (n=619) e leite colostro (n=656) foram coletadas em ambiente hospitalar, após jejum noturno. O leite maduro (n=154) foi coletado trinta dias após o parto, em visita domiciliar. Os indicadores bioquímicos (retinol no soro e leite materno) foram avaliados por local de moradia (capital vs interior) e por rede de atendimento em saúde (público vs privado). O consumo de vitamina A foi avaliado referente ao último trimestre gestacional. Para avaliar as diferentes formas de suplementação materna com vitamina A e suas associações com os indicadores bioquímicos (soro e leite materno) formaram-se subgrupos baseados nas suplementações que ocorreram durante a gestação: GC, F1, F2, F3 e no pós-parto: GM. O retinol das amostras foi quantificado por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Para o total de mulheres, a concentração média de retinol sérico foi de 41.8 ± 12.9μg/dL e a prevalência da DVA foi de 5.3% (n= 33) com retinol (<20 µg/dL), com diferença significativa entre o retinol sérico das mulheres provenientes da capital e do interior (p<0,01). Em Natal, as prevalências de deficiência encontradas nas regiões norte, sul, leste e oeste foram respectivamente: 4.3% (n=6), 5.6% (n=7), 2.9% (n=3) e 11.9% (n=8). A média de retinol no colostro no grupo total foi de 95,3+ 53.7µg/dL, entretanto 27.3% (n=179) apresentaram valores inadequados (<60 µg/dL). Os valores médios estimados de retinol fornecido aos recém-nascidos através do colostro, não atingiram a recomendação mínima de 400µg/RAE/dia da AI (Adequate Intake) para recém-nascidos, considerando a ingestão de 396mL/dia. Houve diferença significativa entre o retinol no colostro das mulheres da capital e aquelas provenientes do interior (p<0.01). Ambos os grupos não forneceram a AI de vitamina A para o recém-nascido e também o mesmo foi observado com as lactantes das regiões norte e oeste da cidade de Natal. No leite maduro, nenhum dos grupos de mulheres das diferentes regiões atingiu a recomendação, considerando a ingestão de 780mL/dia pelos recém-nascidos. Ao avaliar as puérperas separadamente por rede de atendimento em saúde (público vs privado) foi encontrada diferença significativa entre o retinol sérico e retinol no colostro (p<0.0001), mas não houve diferença para o leite maduro (p>0.05). Na estimativa do fornecimento de retinol através do colostro e leite maduro, as mulheres da rede pública não forneceram vitamina A dentro da recomendação mínima para o recém-nascido (AI=400µg/RAE/dia), ao contrário das mulheres da rede privada, que forneceram. O consumo dietético médio total de vitamina A das parturientes foi de 987.1 + 674.4 µgRAE/dia, sendo 872.2 + 639.2 µgRAE/dia na da rede pública e 1169.2 + 695.2 µgRAE/dia na rede privada, com diferença altamente significativa (p<0,00001).  Na avaliação individual, 38.4% (n=100) e 17.3% (n=28) das mulheres das redes pública e privada tinham ingestão abaixo da ideal. Ao se estudar as diferentes formas de suplementação com vitamina A, não foram encontrados casos de DVA nos grupos suplementados com F1, F2 e F3. Ao se analisar o efeito da suplementação sobre o retinol do colostro, o grupo F2 (betacaroteno) apresentou mais casos de inadequação (40%). Os grupos F2 e GM não forneceram a quantidade de retinol mínima recomendada pela AI aos recém-nascidos. No retinol do leite maduro não houve diferença entre os grupos GC, F1, F2, F3 e GM e com percentuais de inadequação mais baixos no GM (14.3%) e os grupos GC e F2 não forneceram a quantidade de retinol mínima recomendada pela AI para os recém-nascidos. Concluiu-se que a prevalência de DVA entre as puérperas atendidas em Natal foi considerada um problema "leve" de saúde pública na população em geral. Os grupos de alto risco neste estudo viviam em cidades do interior, eram atendidos na rede pública de saúde e não tomavam vitamina A, como o suplemento regular durante a gestação.

 

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2646462 - BRUNA LEAL LIMA MACIEL
Externo à Instituição - ILLANA LOUISE PEREIRA DE MELO - USP
Externo à Instituição - INGRID CONCEIÇÃO DANTAS GUERRA - UFPB
Presidente - 180.956.404-25 - ROBERTO DIMENSTEIN - UFRJ
Externo ao Programa - 1891751 - URSULA VIANA BAGNI
Notícia cadastrada em: 20/06/2016 10:10
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