Efeito gastroprotetor de isolados proteicos de E. velutina com ação inibitória sobre elastase de neutrófilos em modelo de úlcera experimental.
Mucosa gástrica; atividade antitríptica; atividade antiquimotríptica; atividade neutrofílica.
Avaliar o efeito gastroprotetor de isolados proteicos de sementes de Erythrina velutina com atividade antitríptica e antiquimotríptica em modelo de úlcera gástrica induzida por etanol por ação inibitória sobre elastase de neutrófilo. Os isolados proteicos de E. velutina foram obtidos por extração, precipitação e cromatografia de afinidade, e posteriormente administrados em ratas wistar. Dois grupos foram tratados com isolado proteico com atividade antitríptica em duas concentrações (0,2 e 0,4 mg/kg), o terceiro grupo com isolado proteica com atividade antiquimotríptica (0,035 mg/kg), o quarto grupo grupo tratado com Cloridrato de Ranitidina (50 mg/kg) e um último grupo controle tratado com soro fisiológico. Após cinco dias de tratamento foi induzida, nos cinco grupos de animais, a úlcera gástrica com etanol absoluto. O dano tecidual da mucosa gástrica foi analisado macroscopicamente e microscopicamente. Os isolados proteicos com atividade antitríptica e antiquimotríptica mostraram índices de lesão ulcerativas baixos para todos os parâmetros analisados (coloração, perda de pregas, petéquias, edema, hemorragia e perda de muco) quando comprado ao grupo controle. Um possível mecanismo protetor gerado pela inibição da elastase de neutrófilo estaria ligado a manutenção da integridade vascular. Além disso, a administração do isolado com atividade antitríptica não gerou lesão celular indicativa de toxicidade nos hepatócitos e pâncreas dos animais. Dessa forma o emprego de inibidores de serinoproteases com ação anti-elastase de neutrófilo possui efeito gastropotetor.