Banca de DEFESA: JULLIANE TAMARA ARAUJO DE MELO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULLIANE TAMARA ARAUJO DE MELO
DATA: 26/02/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Carl Peter von Dietrich
TÍTULO:

Papel da proteína de reparo XPC na regulação das proteínas de reparo APE1, OGG1 e PARP-1 em células humanas e de camundongos.


PALAVRAS-CHAVES:

Neurodegeneração, XPC, APE1, OGG1, PARP-1, expressão, localização.


PÁGINAS: 188
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Bioquímica
RESUMO:

A maior parte do nosso conhecimento sobre a via de Reparo de Excisão Nucleotídeos (NER) vem de estudos usando a luz ultravioleta (UV) como fonte de danos no DNA. Contudo, embora os danos no DNA causados pela luz UV sejam relatados à ocorrência de mutagênese, morte celular e tumorigênese, eles não justificam fenótipos como neurodegeneração e tumorigênese observados em pacientes com síndromes como Xeroderma Pigmentosum (XP) e Síndrome de Cockayne (CS), as quais são associadas à deficiência na via NER. Adicionalmente, evidências mais recentes indicam o envolvimento da via NER no reparo de 8-oxodG, um substrato típico da via de Reparo por Excisão de Bases (BER). Uma vez que a deficiência na via BER resulta em instabilidade genômica, doenças neurodegenerativas e câncer, foi investigado neste trabalho o impacto da deficiência em XPC nas funções da via BER em células humanas. Foram realizadas análises da expressão e da localização celular de APE1, OGG1 e PARP-1, principais enzimas da via BER, em fibroblastos humanos deficientes na via NER. Os resultados demonstraram que os níveis endógenos de APE1, PARP-1 e OGG1 são reduzidos nos fibroblastos deficientes em XPC, os quais foram mais resistentes a diferentes tipos de agentes oxidantes e apresentaram níveis elevados de 8-oxodG quando comparados aos demais fibroblastos deficientes na via NER. Adicionalmente, alterações sutis na localização nuclear e mitocondrial de APE1 foram observadas nos fibroblastos deficientes em XPC. Para confirmar o impacto da deficiência de XPC na regulação da expressão e atividade de APE1 e OGG1, foi construída uma linhagem complementada com XPC. Embora a complementação tenha sido parcial, foi possível observar que os fibroblastos parcialmente complementados com XPC apresentaram níveis maiores de expressão de OGG1 quando comparados aos fibroblastos deficientes em XPC. Os extratos dos fibroblastos parcialmente complementados com XPC também apresentaram uma elevada atividade enzimática de OGG1. Contudo, não foram observadas mudanças na expressão e atividade de APE1 nos fibroblastos parcialmente complementados com XPC. Adicionalmente, foi possível verificar a presença da forma completa de APE1 (37 kDa) e de OGG1-α na mitocôndria dos fibroblastos deficientes em XPC e parcialmente complementados com XPC. Por outro lado, observou-se que a expressão de APE1 e PARP-1 não é alterada no cérebro e fígado de camundongos knockouts para XPC. Contudo, a deficiência em XPC resultou em mudanças na localização celular de APE1 no hipocampo e hipotálamo. Ainda, foi observada a ocorrência de uma interação física entre as proteínas XPC e APE1 em células humanas. Em conclusão, os dados sugerem que a proteína XPC possui um papel na regulação da expressão e da atividade de OGG1 em células humanas e está envolvida na regulação da localização celular de APE1 principalmente em camundongos. Adicionalmente, as respostas celulares dos fibroblastos deficientes na via NER ao estresse oxidativo podem não estar associadas à deficiência na via NER per se, mas podem incluir novas funções das enzimas da via NER na regulação da expressão e localização celular das proteínas da via BER.

 

 

 

 

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANNA CAMPALANS - NENHUMA
Externo à Instituição - CARLOS FREDERICO MARTINS MENCK - USP
Interno - 2195251 - HUGO ALEXANDRE DE OLIVEIRA ROCHA
Presidente - 1149647 - LUCYMARA FASSARELLA AGNEZ
Externo à Instituição - NADJA CRISTHINA DE SOUZA PINTO - USP
Notícia cadastrada em: 25/02/2014 14:27
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