Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA LARISSE CARNEIRO PEREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA LARISSE CARNEIRO PEREIRA
DATA : 07/02/2023
HORA: 14:30
LOCAL: DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA - SALA DE AULAS DO SETOR DE PRÓTESE
TÍTULO:

PRÓTESES TOTAIS FIXAS IMPLANTOSSUPORTADAS:

Desenvolvimento de um novo fluxo de trabalho e impacto da associação dos novos materiais CAD-CAM


PALAVRAS-CHAVES:

 Implantação de Prótese Dentária. Imageamento tridimensional. CAD/CAM. Arcada Edêntula. Técnicas de Moldagem Odontológica. Ajuste oclusal.


PÁGINAS: 198
RESUMO:

A reabilitação com próteses totais fixas implantossuportadas (PTF), utilizando métodos convencionais, envolve uma série de procedimentos clínicos e laboratoriais. Com a introdução dos recursos digitais, novas possibilidades de fluxos de trabalho e materiais surgiram, permitindo a simplificação da técnica convencional. Com isso, novas problemáticas associadas a aplicabilidade da tecnologia digital a arcos edêntulos totais reabilitados com múltiplos implantes tornaram a confecção de PTF digital desafiador. Diante disso, o objetivo desse trabalho é avaliar a acurácia de um novo fluxo de trabalho, bem como o efeito da associação de diferentes materiais para a confecção de PTF. Foi desenvolvido um dispositivo para escaneamento intraoral de múltiplos implantes (BR 10 2019 026265 6) que permite a digitalização direta e precisa da posição dos implantes para o ambiente virtual. No entanto, inúmeros fatores que envolve a precisão da transferência da posição dos implantes, do ambiente real para o virtual, foram descritos em uma revisão sistemática (CRD42020171021). Nesta, evidenciou-se que a escolha do scanner e a tecnologia do mesmo, características do arco, quantidade, distribuição, distância e angulação dos implantes, além das condições do ambiente durante o escaneamento, podem influenciar na qualidade das imagens virtuais e, consequentemente, no trabalho protético. Mediante tais resultados, foi desenvolvido um trabalho para avaliar e comparar o efeito do tipo de moldagem (convencional - CI versus digital - DI) e o número de implantes no tempo, desde as moldagens até a geração dos modelos de trabalho para PTF, bem como a satisfação do paciente. Observou-se que o tempo de DI foi menor que o CI (DI, x̃=02:58; IC, x̃=31:48) (p<0,0001). As arcadas reabilitadas com 3 implantes necessitaram de menor tempo de moldagem digital (3: x̃=05:36; 4: x̃=09:16) (p<0,0001). Em relação à satisfação, o DI foi mais confortável e indolor que o CI (p<0,005). Em seguida, avaliou-se a exatidão do dispositivo na confecção de infraestruturas implantossuportadas, através da análise da passividade clínica e desadaptação marginal vertical (teste do parafuso único, todos os parafusos apertados e alternado) no modelo convencional (CI) e impresso (DI). Clinicamente, observou-se ausência de retenção, presença de estabilidade, ausência de espaços vazios entre a infraestrutura/minipilares. Laboratorialmente, maiores desadaptações foram observadas no modelo DI em relação ao CI, quando o teste do parafuso único foi aplicado. Na comparação entre os três testes, o parafuso único proporcionou as maiores desadaptações nas infraestruturas no modelo CI com diferença significativa, entre parafuso único e alternado (p<0,001), parafuso único e todos apertados (p<0,001) e sem diferença entre alternados e todos apertados (p=0,368). No modelo DI, maiores desadaptações foram observadas quando o teste do parafuso único foi aplicado, com diferença significativa entre os três testes utilizados (p<0,001). Esses achados deram respaldo para o desenvolvimento da nova técnica para a confecção de PTF digital, na qual foi testada através de um trabalho cujo objetivo foi avaliar a exatidão do registro maxilomandibular digital (DMR) frente ao convencional (CMR) para a confecção de PTF, através da distribuição e quantidade de pontos de contatos oclusais, tempo de registro e ajuste oclusal. O método DMR apresentou melhor exatidão para a distribuição dos pontos de contatos oclusais entre clinicamente “excelente (30%) e bom (70%)”. Uma maior quantidade de pontos de contatos oclusais foram observadas no CMR para os dentes anteriores (p=.439) e posteriores (pré-molares – p=.009) para o DMR (p=.227). Nenhuma relação foi observada entre a distribuição e quantidade de pontos de contatos oclusais (CMR – p=.288 / DMR – p=.183). O CMR requer um menor tempo de trabalho e as próteses obtidas pelo método CMR levou mais tempo de ajuste oclusal (p=.008). Diante destas PTF instaladas, investigou-se a acurácia e a reprodutibilidade dos pontos de contatos oclusais reais (CR) e virtuais (CV). Dos métodos, 100% (CR) e 73,6% (CV) apresentaram os pontos de contatos oclusais reais e virtuais considerados como clinicamente excelentes. Não houve diferença significativa quanto a reprodutibilidade dos métodos pela quantidade de pontos de contatos oclusais (CR: x̅13,32; CV: x̅13,68; p=0,715). Com a finalidade de avaliar a efetividade da união entre infraestrutura/base/dente CAD/CAM serão avaliados diferentes protocolos de união, bem como, o efeito do glaze no manchamento na interface base/dente, e o impacto do glaze em materiais de base de prótese na adesão de biofilme, dureza e flexão. Portanto, ao final espera-se que o algum dos protocolos de união testados aumente a resistência de união entre as partes da prótese, que o glaze reduza a adesão de biofilme, aumente a dureza e flexão dos materiais de base de próteses CAD/CAM.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1459400 - ADRIANA DA FONTE PORTO CARREIRO
Interna - 1678126 - PATRICIA DOS SANTOS CALDERON
Interno - 1640419 - RODRIGO OTHAVIO DE ASSUNCAO E SOUZA
Notícia cadastrada em: 30/01/2023 13:13
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