Banca de QUALIFICAÇÃO: JÉSSYCA EMANUELLA SARAIVA PEREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JÉSSYCA EMANUELLA SARAIVA PEREIRA
DATA : 30/01/2017
HORA: 15:00
LOCAL: SALA DE AULA DO NUPEG
TÍTULO:

"Biossorção de íons de cobre em solução aquosa usando as folhas do cajueiro (anacardium occidentale L.) e da carnaúba (copernicia prunifera)"


PALAVRAS-CHAVES:

adsorção; pó das folhas do cajueiro; pó das folhas da carnaúba; cobre


PÁGINAS: 65
RESUMO:

Nas últimas décadas, a contaminação dos corpos de água por metais pesados vem se tornando um sério problema ambiental. O descarte inadequado de efluentes contaminados por íons de metais, mesmo em pequenas concentrações, podem causar sérios danos aos seres humanos, a fauna, flora e a microbiota, comprometendo assim, a qualidade de vida do ecossistema presente. Diante deste contexto, é necessário o tratamento destes efluentes a níveis ambientalmente aceitáveis antes de lançá-los no meio ambiente. Não obstante a isso, o uso de bioadsorventes para o tratamento de efluentes contaminados, como alternativa à métodos convencionais, tem sido objeto de estudo de diversas pesquisas contemporâneas. Nessa perpectiva, este trabalho buscou analisar a viabilidade da utilização do pó das folhas in natura do cajueiro vermelho (anacardium occidentale L.) e da carnaúba (copernicia prunifera) como adsorventes para remoção de íons de cobre presentes em efluentes sintéticos. Inicialmente, foram investigadas as propriedades físico-químicas de ambas as folhas, utilizado ensaios de microscopia eletrônica de varredura (MEV), difração de raio-X (DRX), fluorescência de raio-X (FRX), analise termogravimétrica (TG), espectroscopia na região do infravermelho (FTIR) e adsorção física de nitrogênio (BET). Os estudos de adsorção foram realizados em sistema de batelada, cujo os efeitos do pH (3,0 a 10,0), da massa do adsorvente (0,1 a 0,5g), do tamanho de partícula (0,3 a 0,075mm) e da concentração inicial do adsorbato (10 a 150 mgL-1) foram avaliados.  Os resultados indicaram que o pH de 5,0 foi o mais eficiente na remoção dos íons de Cu, para ambos os estudos. Com relação a avaliação da variação da massa do adsorvente, observou-se que para o pó das folhas do cajueiro o aumento da quantidade de massa não afetou o processo de remoção, no entanto, para o pó das folhas da carnaúba observou-se que o percentual de remoção é diretamente proporcional ao aumento da massa, desta forma, a melhor remoção ocorreu quando se tinha uma massa de 0,5g do adsorvente. Para ambos os casos estudados, observou-se uma melhor eficiência quando se utilizou partículas com tamanhos compreendidos entre 0,106 e 0,075 mm. O estudo da concentração inicial para o pó da folha do cajueiro mostrou, em geral, que o aumento da concentração implica no aumento da quantidade de metal removida, enquanto que para o pó da folha da carnaúba o efeito é inverso, ou seja, quanto menor a concentração inicial maior o percentual de remoção. Os dados experimentais das isotermas de adsorção realizadas no pó da folha de cajueiro melhor se ajustaram ao modelo de Freundlich, todavia, para o pó da folha da carnaúba o modelo de Langmuir mostrou-se mais adequado. A cinética do processo de adsorção, para ambos os adsorventes, atingiu o equilíbrio de adsorção multielementar em um período inferior a um minuto. Comparando os adsorventes em estudo, observa-se que o pó da folha da carnaúba apresentou um desempenho superior de remoção dos íons de cobre, atingindo um percentual de cerca de 82%, onde nas mesmas condições de temperatura, concentração inicial, massa de adsorvente e volume da solução, o pó da folha do cajueiro removeu cerca de 27%. Os resultados mostraram que o pó das folhas do cajueiro e da carnaúba apresentam características apropriadas para o processo de adsorção do cobre e que podem ser uma alternativa à processos clássicos de tratamento de efluentes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1308273 - EDUARDO LINS DE BARROS NETO
Externo ao Programa - 1670497 - HUMBERTO NEVES MAIA DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - SHIRLLE KATIA DA SILVA NUNES - UFRN
Notícia cadastrada em: 16/12/2016 10:34
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