Banca de DEFESA: MARIA GABRIELA PAZ DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA GABRIELA PAZ DA SILVA
DATA : 07/03/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

Sinaptopatia coclear relacionada à idade em ratos: o uso de potencias evocados auditivos de curta latência

PALAVRAS-CHAVES:

Envelhecimento; Sinaptopatia Coclear; Ratos.

PÁGINAS: 85
RESUMO:

Introdução: No processo de envelhecimento natural, ocorre uma diminuição das sinapses entre as células ciliadas internas e os neurônios do gânglio espiral do nervo auditivo, fenômeno denominado sinaptopatia coclear (SC). Estudos sugerem que os potenciais evocados auditivos (PEA) de curta latência podem identificar a SC, mas ainda há lacunas nos protocolos e parâmetros utilizados para essa identificação na prática clínica. Objetivo: Avaliar a aplicabilidade dos PEA de curta latência na identificação da SC relacionada ao envelhecimento em roedores. Método: Foram conduzidos dois estudos. O primeiro consistiu em uma revisão sistemática da literatura, registrada no PROSPERO (CRD42025615318), com a finalidade de sintetizar dados sobre a sensibilidade dos PEA de curta latência na identificação da SC em roedores durante o envelhecimento. A revisão seguiu as recomendações do Preferred Reporting Items for a Systematic Review and Meta-analysis of Diagnostic Test Accuracy Studies (PRISMA-DTA), com busca nas bases de dados PUBMED/MEDLINE, Cochrane Library, Scopus, Embase, Web of Science, Scielo, LILACS e na literatura cinzenta. A seleção dos artigos foi realizada por dois revisores, de forma independente e cegamente, com auxílio das ferramentas Rayyan e EndNote. O segundo estudo foi observacional transversal, aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (protocolo nº 2024-02-ISD). Foram utilizados dez ratos Wistar, de ambos os sexos, saudáveis e sem exposição prévia a ruídos, divididos em grupos etários: G1 (3-4 meses), G2 (10 meses), G3 (14-15 meses) e G4 (24 meses). Os animais foram submetidos ao registro do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) com o equipamento Eclipse (modelo EP25), sob sedação. Os eletrodos foram posicionados em Fz (ativo), M1 e M2 (referências) e na pata direita (terra), com impedância inferior a 5 kohms. Foram utilizados estímulos clique, polaridade alternada, em 90, 85 e 80 dBNAn, apresentados em cada orelha por fones de inserção 3A, nas taxas de estimulação 33,1, 15,1 e 7,1 cliques/s. A amplitude das ondas I e IV foi analisada cegamente por dois especialistas. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e inferencial no SPSS, adotando-se p<0,05. Resultados: No estudo 1, foram identificados 2.684 artigos, dos quais 15 foram incluídos. O camundongo foi o modelo mais utilizado (n=13), seguido pelos ratos Fisher 344 (n=1) e Wistar (n=1), com idade entre 3 e 33 meses. Todos os estudos utilizaram o PEATE para identificar SC, sendo a amplitude da onda I o biomarcador mais frequente e todos confirmaram a SC por meio da análise neurobiológica. No estudo 2, a concordância entre examinadores foi excelente (>90%). A amplitude média foi de 1,33±0,69μV para a onda I e 0,75±0,62μV para a onda IV. A idade não influenciou os resultados, mas houve efeito do sexo. A onda I apresentou maior amplitude a 7,1 cliques/s comparada a 33,1 cliques/s. Conclusão: Os PEA de curta latência demonstraram aplicabilidade na identificação da SC em roedores, com a amplitude da onda I como biomarcador relevante e evidente efeito da taxa de estimulação. Os achados reforçam o uso do PEATE na investigação da SC e fornecem subsídios para estudos futuros.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2358823 - ELIENE SILVA ARAUJO
Interna - ***.092.134-** - KELLY CRISTINA LIRA DE ANDRADE - UNCISAL
Externa à Instituição - KÁTIA DE FREITAS ALVARENGA - USP