Banca de DEFESA: VIVIANY DE MESQUITA MEDEIROS DIAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VIVIANY DE MESQUITA MEDEIROS DIAS
DATA : 27/03/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Escola de Saúde
TÍTULO:

PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO PARA O ACOLHIMENTO DO USUÁRIO EM SOFRIMENTO PSÍQUICO: concepções, potencialidades e desafios vivenciados no CAPS III do município de Natal-RN


PALAVRAS-CHAVES:

Acolhimento. Saúde Mental. Atenção Psicossocial. Educação Permanente em Saúde. Modelo Antimanicomial.


PÁGINAS: 81
RESUMO:

O acolhimento em saúde mental é uma tecnologia essencial para garantir um cuidado integral e humanizado aos usuários da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). O presente estudo objetivou desenvolver uma proposta de capacitação para profissionais de um CAPS III de Natal/RN, com foco no cuidado e acolhimento do usuário em sofrimento psíquico, fundamentada nas concepções, potencialidades e desafios do acolhimento em saúde mental. Trata-se de um estudo qualitativo com abordagem descritivo-exploratório, com a produção de um produto técnico tecnológico. O estudo foi desenvolvido em duas fases: Fase 1- Identificação do conteúdo da proposta de curso: a partir das percepções dos profissionais de saúde e dos pilares utilizados para a efetivação de um acolhimento proposto pela PNH; Fase 2- Estruturação da proposta de curso. O estudo foi realizado no CAPS III Leste, localizado na cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte. A amostra foi composta por profissionais de saúde do serviço composta por enfermeiros, técnicos em enfermagem, médicos, farmacêuticos, assistentes sociais, médicos psiquiatras e psicólogos lotados no referido CAPS. O estudo foi submetido, e aprovado, junto ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob parecer nº 6.566.565 e CAAE: 75841823.4.0000.5537. Os resultados indicaram que, embora o acolhimento seja amplamente reconhecido como um eixo estruturante da assistência em saúde mental, sua execução ainda enfrenta desafios significativos, como a sobrecarga dos serviços, a falta de capacitação contínua e a resistência à implementação de um modelo integral de cuidado. As percepções dos entrevistados evidenciaram tanto concepções tradicionais, mais burocráticas e padronizadas, quanto perspectivas alinhadas às diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), que enfatizam a escuta qualificada, o vínculo terapêutico e a corresponsabilização pelo cuidado. Dentre os desafios apontados, destacam-se a superlotação dos serviços, a insuficiência de recursos humanos e a fragmentação da rede, dificultando a articulação entre os diferentes níveis de atenção. Em contrapartida, os profissionais ressaltaram as potencialidades do acolhimento, incluindo a construção de vínculos terapêuticos, a abordagem multiprofissional e a possibilidade de uma escuta ampliada e humanizada. Além disso, foi identificado que a educação permanente em saúde é um fator essencial para qualificar o acolhimento e combater estigmas ainda presentes no atendimento à saúde mental. Pode-se concluir que a qualificação profissional e o fortalecimento da RAPS são estratégias fundamentais para aprimorar o acolhimento em saúde mental, promovendo um cuidado mais eficaz, humanizado e alinhado aos princípios da Reforma Psiquiátrica e da PNH.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2566534 - JACILEIDE GUIMARAES
Interna - 3508071 - LAURIANA MEDEIROS E COSTA
Externa à Instituição - NINA ISABEL SOALHEIRO DOS SANTOS PRATA - FIOCRUZ
Notícia cadastrada em: 14/03/2025 08:43
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