Banca de QUALIFICAÇÃO: JORDÂNIA ABREU LIMA DE MELO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JORDÂNIA ABREU LIMA DE MELO
DATA : 27/10/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Será realizada por parecer
TÍTULO:

ORIENTAÇÕES RESPIRATÓRIAS DURANTE O PERÍODO EXPULSIVO E SUAS REPERCUSSÕES NO ASSOALHO PÉLVICO: UM ESTUDO TRANSVERSAL


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Trabalho de Parto. Lacerações. Assoalho Pélvico. Técnicas Fisioterápicas


PÁGINAS: 24
RESUMO:

Introdução: O trauma perineal pode acontecer durante o parto vaginal em razão de lacerações perineais espontâneas ou de episiotomia. Prevenir a ocorrência de traumas perineais favorece a saúde da mulher no pós-parto. Dentre as técnicas fisioterapêuticas intraparto na assistência obstétrica de baixo risco que visam a proteção perineal, destacam-se o estímulo à deambulação, adoção de posturas verticais e exercícios respiratórios. Entretanto, ainda é necessário conduzir estudos que investiguem se a assistência fisioterapêutica intraparto pode interferir em desfechos relacionados ao trabalho de parto e parto, como o trauma perineal. Objetivo: Verificar a relação da atuação fisioterapêutica intraparto e trauma perineal, bem como, variáveis obstétricas e neonatais. Métodos: Estudo transversal observacional analítico, realizado no Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil. Realizou-se um levantamento e análise de dados de parturientes com idades entre 18 a 40 anos, primíparas e multíparas, com feto único e idade gestacional entre 37 e 42 semanas de gestação. A variável dependente do estudo foi o trauma perineal (episiotomia e lacerações perineais espontâneas), as variáveis independentes foram: intervenções fisioterapêuticas intraparto (posição de cócoras, uso da banqueta, agachamento, inclinação anterior de tronco, uso da bola suíça, bipedestação, sedestação, deambulação, massagem, banho morno, respiração diafragmática, mobilidade pélvica, compressa, penumbra, musicoterapia, uso do arco e orientações respiratórias no período expulsivo), variáveis obstétricas, sociodemográficas e neonatais. Foi realizada uma análise bivariada (Teste de Qui-quadrado) entre a variável dependente e as independentes. Aplicou-se Regressão Logística Binária para verificar se as variáveis independentes seriam preditoras de trauma perineal (variável desfecho). Adotou-se um nível de significância de p<0,05. Resultados: Foram coletados dados de 171 mulheres, com média de idade de 26,04 (± 5,68) anos, com idade gestacional de 39,30 (±1,26) semanas em média, 56,1% era multípara, 77,8% demonstraram algum tipo de trauma perineal, destes, prevaleceram as lacerações perineais espontâneas (64,9%), do tipo grau 1 (35,1%). Quanto à integridade do períneo, 22,2% apresentaram períneo íntegro e 12,9% receberam episiotomia. 67,3% das mulheres foram acompanhadas por fisioterapeutas durante o trabalho de parto. Verificou-se associação significativa entre as variáveis orientações respiratórias durante o período expulsivo (p=0,026), gestações anteriores (p=0,001) e número de partos vaginais (p=0,001). Na análise multivariada, observou-se que houve diminuição do trauma perineal em 59,8% (OR: 0,402 IC95%: 0,164; 0,982) das mulheres que receberam orientação respiratória no período expulsivo. Ao passo que, mulheres com até dois partos vaginais (PV) tem 5,38 (OR: 5,380 IC95%: 1,817; 15,926) vezes mais chances de apresentar trauma perineal quando comparadas àquelas com mais de dois PV. Conclusão: A intervenção fisioterapêutica na assistência ao período expulsivo do trabalho de parto apontou para um efeito positivo sobre o assoalho pélvico de parturientes de baixo risco ou risco habitual.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1242804 - ADRIANA GOMES MAGALHAES
Interna - 1892581 - GRASIELA NASCIMENTO CORREIA
Externa ao Programa - 192.359.018-98 - PATRICIA DRIUSSO
Notícia cadastrada em: 19/10/2020 13:00
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