Banca de DEFESA: LEANDRO GONÇALVES CEZARINO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEANDRO GONÇALVES CEZARINO
DATA : 27/07/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Videoconferência GEP
TÍTULO:

Estudo de Lesões Esportivas em um Centro de Formação de Atletas da Primeira Divisão do Futebol Brasileiro: Uma Abordagem Epidemiológica com Enfoque Prospectivo nas Lesões Musculares


PALAVRAS-CHAVES:

Epidemiologia, Esporte, Lesão Muscular, Fatores de Risco, Adolescentes.


PÁGINAS: 78
RESUMO:

 

Introdução: Embora a prática do futebol de base seja amplamente difundida no Brasil, dados a respeito da incidência de lesões nessa população são limitados. As lesões musculares são as mais frequentes no futebol, representando cerca de 30% de todas as lesões. Embora o conhecimento científico sobre lesões musculares tenha se desenvolvido na última década, a prevalência dessas lesões tem aumentado. Poucos estudos sobre esta problemática foram dedicados a jogadores de futebol em formação, o que ressalta a necessidade de novas pesquisas. Objetivos: descrever a incidência de lesões em um time da elite do futebol brasileiro, durante a temporada de 2017; investigar a interação entre idade, lesão prévia, exposição a jogos e treinos, e desequilíbrios musculares na ocorrência de lesões musculares nessa população. Métodos: a incidência de lesões foi registrada como o número de lesões ocorridas, dividido pelo número de horas de exposição a jogos e treinos, multiplicado por 1.000. Os jogadores que sofreram lesão muscular sem contato compuseram o grupo lesionado (GL) e os jogadores que não sofreram lesões sem contato compuseram o grupo não-lesionado (GNL). Dados demográficos, antropométricos, histórico de lesões, exposição a jogos e treinos, e variáveis de força foram registrados e analisados. Além do cálculo do risco relativo, foram utilizados o teste t-independente, o qui-quadrado e um modelo de regressão logística multivariado para as análises estatísticas, considerando-se P<0,05. Resultados: foram documentadas 187 lesões em 122 jogadores (65,2%). A incidência geral de lesões foi de 1,86 a cada 1.000 horas de exposição, com uma taxa seis vezes maior em jogos comparada a treinos (P < 0,0001). Quarenta e cinco lesões musculares acometeram 34 jogadores: 16 (36%) de isquiotibiais; 12 (27%) de quadríceps; 14 (31%) de adutores; e 3 (6%) de panturrilha. O GL apresentou maior exposição a treinos [Diferença Média (DM) = 25,70 horas; Intervalo de Confiança (IC) 95% = 1,12, 50,27; P = 0,041] e maior exposição geral (jogos mais treinos) (DM = 32,97 horas; IC95% = 6,22, 59,73; P = 0,016) do que o GNL. Em relação ao tempo de prática no clube, o GL apresentou tempo significativamente menor em comparação com GNL (DM = - 6,57 meses; IC 95% = - 11,99, - 1,18, P = 0,017). Quanto à força muscular, o GL apresentou maior força excêntrica de quadríceps do que o GNL (DM = 3,29 N/kg.100; IC95% = 1,41; 5,17; P = 0,001) e a relação de força isquiotibiais: quadríceps (I:Q) foi significativamente mais baixa no GL em relação ao GNL (DM = -5,24; IC95% = -8,84, -1,65; P = 0,005. Lesão prévia de membro inferior aumentou significativamente a chance de lesão muscular (OR: 3,027, IC 95% = 1,133, 8,086). Conclusão: o risco de lesões foi maior durante jogos do que em treinos e os jogadores mais velhos (categoria sub-20) foram os mais propensos a se lesionarem. Lesões musculares foram as mais incidentes e atletas com histórico de lesão prévia de membros inferiores, valores mais baixos de relação I:Q e menos tempo de prática no clube, apresentaram maior risco de sofrerem lesões musculares. A interação de fatores de risco, tanto modificáveis como não modificáveis parece explicar melhor a ocorrência de lesões e este tipo de análise deve ser feito continuamente na tentativa de prevenir lesões em adolescentes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2316237 - RODRIGO SCATTONE DA SILVA
Interno - 3885543 - SAIONARA MARIA AIRES DA CAMARA
Externo à Instituição - NATALIA FRANCO NETO BITTENCOURT - Uni-BH
Notícia cadastrada em: 23/07/2018 09:46
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