QUALIDADE DE VIDA E BEM-ESTAR NO TRABALHO: um estudo com servidores da Universidade Federal do Cariri
Qualidade de Vida no Trabalho; Bem-Estar no Trabalho; Serviço Público; Universidade
Federal do Cariri.
O presente estudo tem como objetivo compreender a percepção dos servidores técnico- administrativos e docentes da UFCA sobre a Qualidade de Vida no Trabalho nessa instituição de ensino superior, e sua relação com o Bem-Estar dos servidores. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo, de abordagem quanti-qualitativa e com recorte transversal. A coleta de dados consistiu na aplicação de um questionário sociodemográfico e do Inventário de Avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT), no formato on-line. Participaram do estudo 262 servidores, sendo 146 técnicos e 116 docentes, totalizando 41% do total da população de servidores ativos da UFCA, na data de realização da pesquisa. Os dados quantitativos foram analisados com a utilização do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). O tratamento dos dados qualitativos foi ancorado pela análise de conteúdo proposta por Laurence Bardin. Os resultados demonstram que, na percepção dos servidores, a QVT na UFCA é avaliada de forma satisfatória, estando seu nível de QVT global e os fatores estruturantes, quais sejam Condições de Trabalho, Relações Socioprofissionais, Reconhecimento e Crescimento Profissional e Elo Trabalho-Vida Social, dentro de uma zona satisfatória de QVT. O fator Organização do Trabalho foi avaliado na zona de transição de QVT, com tendência negativa. Destacaram-se como promotores do bem-estar as interações interpessoais, a satisfação com o exercício da profissão, as boas condições de trabalho e a percepção de realização de um trabalho socialmente útil. Dentre os promotores de mal- estar também se destacaram as condições de trabalho, os conflitos, práticas gerenciais inadequadas e a organização do trabalho. Conclui-se que esta pesquisa fornece subsídios para ações de QVT na UFCA, de modo a manter os aspectos avaliados como geradores de bem-estar no trabalho, mas, também, atuarem naqueles que são apontados como causadores de mal-estar, para que sejam eliminados ou ao menos minimizados.