PLANO DE DEFESA CONTRA ATAQUES DO NOVO CANGAÇO NA ÁREA DE RESPONSABILIDADE DA 1ª COMPANHIA DO 6º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR DO RIO GRANDE DO NORTE.
“Plano de defesa”, “planejamento estratégico” e “segurança pública”.
O Estado do Rio Grande do Norte desponta nas estatísticas dos mais variados crimes, tendo sido o que teve o maior índice de aumento nos crimes violentos letais intencionais no país, aproximadamente 356,65% do ano de 2005 ao ano de 2016, segundo fontes do Atlas da Violência 2018, organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) por meio do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Somado a isso, os crimes contra as instituições financeiras, roubos e furtos que ocorrem em bancos, carros-fortes, empresas de guarda-valores e arrombamentos de caixas eletrônicos (AQUINO, 2007), acontecem com frequência alarmante. Aproveitando-se da fragilidade na qual o Estado se encontra, quadrilhas especializadas do Novo Cangaço têm aumentado a incidência dos ataques e demonstrado cada vez mais organização na atuação e conduta. Essas quadrilhas têm se capitalizado e adquirido armamentos, equipamentos e explosivos, exigindo uma intervenção policial emergencial e não rotineira, ou seja, necessita de um planejamento prévio bem definido (COTTA, 2009). No que concerne aos crimes contra as instituições financeiras no Rio Grande do Norte, a Coordenadoria de Informações, Estatísticas e Análises Criminais – COINE da SESED – Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, aponta que em 2015 ocorreram 88 ataques às instituições financeiras, em 2016 foram 70, em 2017 aconteceram 81, em 2018 foram 67 e 16 até 11 de maio de 2019. Somado a isso, o Esquadrão de Bombas do Batalhão de Operações Especiais registrou 45 Explosões em 2016, 43 em 2017, 26 em 2018 e 12 até 11 de maio de 2019. De acordo com relatório de 20 de dezembro de 2019 do NAE, (PMRN, 2019) a 1ª Companhia do 6º Batalhão de Polícia Militar do Rio Grande do Norte – 1ª Cia/6º BPM, no período de julho de 2018 a dezembro de 2019, participou de 18 (dezoito) ocorrências relacionadas a roubos a carros-fortes e a bancos, sendo 08 (oito) relacionadas a carros em atitude suspeita nas proximidades dos bancos na madrugada ou transitando em vias nas quais os carros-fortes passariam, ambos se evadindo ao primeiro contato com viaturas, 07 (sete) apoios a outras unidades policiais em decorrência de roubo ou tentativa de roubo a banco, 01 (um) furto de explosivos em pedreira, 01 (um) roubo a carro-forte e 01 (uma) tentativa de roubo a carro-forte. Somado a isso, Da Silva Filho (2019), identificou que esta não possuía Planos de Defesa para o caso de ataques às instituições financeiras, os equipamentos, armamentos, viaturas e instalações da instituição encontravam-se defasados e os policiais militares não tinham rotina de instruções básicas ou voltadas para eventos críticos como o crime do Novo Cangaço. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo geral propor Plano de Defesa para impedir ataques do Novo Cangaço na área de responsabilidade da 1ª Companhia do 6º Batalhão de Polícia Militar do Rio Grande do Norte, tendo ainda, por objetivos específicos: Implementar o SPRINT como ferramenta de resolução de problemas na 1ª Cia/6º BPM; Propor institucionalização do plano desenvolvido como modelo a ser adotado e adaptado pelos Batalhões da Polícia Militar do Rio Grande do Norte.