AUTO AVALIAÇÃO E GESTÃO INSTITUCIONAL: análise da experiência do Instituto Federal da Paraíba.
Avaliação; Avaliação Institucional; Auto avaliação; Comissão Própria de Avaliação; Processos decisórios.
Esta dissertação teve como objetivo analisar o nível de influência do processo de auto avaliação institucional, realizado pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), nas decisões dos gestores do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), considerando o ciclo avaliativo de 2015 a 2017. O estudo baseou-se em um referencial teórico construído para trazer ao leitor uma reflexão ampla sobre a temática avaliação, e de modo particular, sobre a evolução da avaliação institucional ao longo dos anos, com foco no processo de auto avaliação, gerenciado pela CPA em cada instituição. A pesquisa apresentou caráter descritivo, do tipo estudo de caso, tendo sido realizada no IFPB Campus João Pessoa. A coleta de dados foi realizada por meio de roteiros de entrevista semiestruturados e pesquisa documental. A entrevista deu-se com dois grupos. O primeiro deles formado pelos gestores do IFPB Campus João Pessoa, contemplando os diretores geral, administrativo e de ensino, além dos coordenadores de cursos superiores deste Campus. O segundo grupo foi composto pelos membros da CPA do IFPB. Este trabalho construiu-se sob a perspectiva de análise da abordagem qualitativa, assim, considerando as características da investigação, e os procedimentos de coleta de dados, estes foram analisados conforme a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (2006) e também por meio de pesquisa documental. Os resultados da pesquisa evidenciam que entre as etapas do processo de auto avaliação desenvolvidas no IFPB as maiores lacunas encontradas estão na definição (que envolve o planejamento), na execução e na discussão e divulgação dos resultados. A repercussão da auto avaliação na gestão ainda é pouca, considerando como principal fator para isso o fato de os gestores não estarem inseridos no processo de auto avaliação e a divulgação de informações ocorrer de modo passivo, sem promoção de diálogo com os gestores e com a comunidade acadêmica. Conclui-se assim, que a avaliação no IFPB ainda não conseguiu se estabelecer como um processo educativo/formativo, pois os aspectos regulatórios são preponderantes, os resultados obtidos na avaliação ainda não são bem aproveitados pela gestão e o envolvimento do corpo social ainda é abaixo do esperado. É preciso fazer a comunidade acadêmica envolver-se no processo, construindo uma avaliação que tenha sua importância reconhecida, com resultados que façam diferença para o trabalho das pessoas e para o desempenho da instituição, não só cumpram as determinações legais estabelecidas, só assim a auto avaliação será capaz de repercutir nas decisões dos gestores do IFPB.