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Banca de DEFESA: TIÊ DIAS DE FARIAS COUTINHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TIÊ DIAS DE FARIAS COUTINHO
DATA: 31/10/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 5 no anexo do CCET - UFRN
TÍTULO:

A DINÂMICA DO TRABALHO NO BRASIL SOB A ÓTICA DAS RELAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E DEMOGRÁFICAS, 2000-2010


PALAVRAS-CHAVES:

Razão de dependência, Taxa de atividade, Dinâmica do Trabalho, Demografia.


PÁGINAS: 105
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Demografia
RESUMO:


O processo de desenvolvimento do Brasil tem como singularidade o fato de ter se processado num ambiente de profundas transformações demográficas econômicas e sociais. No âmbito da demografia a transição demográfica se deu de forma acelerada e concomitante à transição urbana provocando o surgimento de grandes polos urbanos em torno das capitais, criando o que se chamou de Regiões Metropolitanas. Este processo se interiorizou e catapultou o Brasil para um país onde 84% de sua população reside em cidades de diferentes níveis de graduação na escala de urbanização. As consequências deste processo fez-se sentir em muitos setores da vida do país, com especial evidência na organização e estrutura do trabalho. Vale ressaltar, como decorrência direta da transição demográfica, o surgimento da “janela de oportunidades ou bônus demográfico”, que devidamente aproveitado poderá render benefícios gerais em todas as áreas para a população. A investigação encetada nesta dissertação tem como objetivo investigar, através do estudo das relações entre variáveis demográficas, econômicas e sociais no período de 2000 a 2010, como a dinâmica do trabalho no Brasil foi afetada. Dado que o Brasil possui municípios com dinâmicas urbanas e funcionalidades diferentes, adotou-se como critério para delimitar a espacialidade deste estudo três categorias de municípios que tivessem em comum uma taxa de urbanização igual ou superior a 70% e população total superior ou igual a 30 mil habitantes. Desta forma foram definidos os seguintes grupos: i) Grupo 1, municípios pertencentes às Regiões Metropolitanas cujo polo é a capital do estado; ii) Grupo 2, municípios de Regiões Metropolitanas e RIDES do interior dos estados iii) Grupo 3, demais municípios fora das classificações i) e ii). Para atingimento dos objetivos foi empreendida uma análise descritiva dos indicadores socioeconômicos comparativamente aos anos de 2000 e 2010 e entre os três grupos, enfatizando-se a relação entre sexo e idade. Ademais, estuda-se as relações entre a razão de dependência, a taxa de atividade, o percentual de trabalhadores com carteira assinada e a taxa de desocupação com indicadores sociais, econômicos e demográficos através de técnicas estatísticas de análise de regressão múltipla. Para tanto, fez-se uso das bases de micro dados dos Censos populacionais de 2000 e 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dos indicadores disponibilizados no Atlas do Desenvolvimento Humano 2013 do Programa das Nações Unidas (PNUD). De acordo com os resultados obtidos, os três grupos apresentam características populacionais semelhantes. A taxa de crescimento da população economicamente ativa foi em média 2,11% e o percentual de mulheres ocupadas aumentou significativamente em todos os espaços. As curvas das taxas de atividade apontam que a população entre 20 e 45 anos possuem as maiores taxas, destacando-se as taxas femininas, que aumentaram enquanto as masculinas permaneceram inalteradas. Por intermédio do teste de Kolmogorov-Smirnov foi possível constatar que o grupo de municípios metropolitanos do interior (Grupo 2) se diferenciou dos demais, e que o crescimento nas taxas das mulheres do mesmo grupo se apresentou significativamente (p-valor <0,05) diferentes. Através da estimação de uma série de modelos de regressão múltiplas nos quais as variáveis dependentes foram a taxa de dependência, a taxa de atividade, o percentual de trabalhadores com carteira assinada e a taxa de desocupação da população maior de 18 anos, mensurou-se os efeitos de um elenco de indicadores sobre estas variáveis. Em relação aos modelos que foram estimados, percebeu-se que o tamanho da população do município não tem influência em nenhuma das variáveis dependentes do estudo e que há significância do Índice de Desenvolvimento Humano nas variáveis dependentes. Observou-se, que há relação direta e significativa entre a taxa de atividade e a renda domiciliar per capta. Destaca-se, que quanto maior o percentual de trabalhadores com carteira assinada menor a desigualdade de renda. Essas informações podem servir como embasamento para estudos, pois fornecem subsídios e identificam algumas peculiaridades municipais da população brasileira ocupada e aponta para o investimento em políticas públicas voltadas a diminuição da desigualdade de renda e formalização do trabalho na intenção de melhorar os indicadores de desenvolvimento humano.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1346630 - LARA DE MELO BARBOSA ANDRADE
Presidente - 073.541.183-20 - MARDONE CAVALCANTE FRANCA - UFRN
Externo à Instituição - NEIR ANTUNES PAES - UFPB
Externo ao Programa - 346976 - ROGERIO PIRES DA CRUZ
Notícia cadastrada em: 21/10/2014 15:44
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