O PAPEL DAS AREAS VERDES E PRACAS PUBLICAS NA MELHORIA DA QUALIDADE AMBIENTAL EM NATAL/RN: UM ESTUDO PARA O PLANEJAMENTO URBANO SUSTENTAVEL
Áreas verdes, Praças públicas, Sustentabilidade urbana, Resiliência climática
Esta Tese investiga o impacto da qualidade ambiental das áreas verdes e praças públicas na cidade de Natal, RN, em meio ao rápido crescimento urbano e à alta densidade demográfica. A pesquisa analisa como a distribuição desigual de áreas verdes e praças urbanas influencia a formação de ilhas de calor, afeta a saúde da população e agrava desigualdades socioespaciais. Utilizando uma abordagem baseada em análise espacial e indicadores ambientais, o estudo revela que as áreas mais populosas da cidade apresentam menor cobertura vegetal, o que intensifica os problemas ambientais urbanos, como o aumento das temperaturas e a vulnerabilidade a mudanças climáticas.
A metodologia inclui a análise de dados do IBGE e da SEMURB através de correlação estatística, além do uso de ferramentas SIG para mapear a distribuição das praças públicas e análise de Kernel Density Estimation (KDE). Também é feita uma correlação entre densidade demográfica, cobertura vegetal e temperatura das praças, verificando o impacto das áreas verdes na mitigação das ilhas de calor. Os resultados indicam uma forte correlação entre a falta de áreas verdes e a formação de ilhas de calor em áreas densamente povoadas.
O estudo oferece recomendações para a criação de novos espaços verdes em áreas carentes, revitalização de praças existentes e implementação de políticas públicas para promover maior equidade socioespacial. O indicador desenvolvido na pesquisa, que mensura a qualidade ambiental das áreas verdes, pode ser implementado na cidade de Natal para orientar políticas públicas voltadas à promoção de ambientes urbanos mais saudáveis e sustentáveis. Além disso, este modelo de avaliação pode ser replicado em outras cidades com características semelhantes, contribuindo para uma gestão mais eficaz das áreas verdes e a criação de espaços urbanos mais equilibrados. Ao adotar esse indicador, Natal poderá se tornar uma cidade mais resiliente, melhor preparada para enfrentar os desafios climáticos futuros e para promover a equidade socioespacial.