Banca de DEFESA: JORIO BEZERRA CABRAL JUNIOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JORIO BEZERRA CABRAL JUNIOR
DATA : 03/08/2018
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do CCET
TÍTULO:

VARIABILIDADE TEMPORAL E ESPACIAL DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA E DO ÍNDICE DE ARIDEZ NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL, DURANTE 1980-2013


PALAVRAS-CHAVES:

Agroclimatologia; Nordeste Brasileiro; Evapotranspiração de Referência, Índice de Aridez; Tendência


PÁGINAS: 70
RESUMO:

O Nordeste do Brasil (NEB) é a região mais vulnerável às mudanças climáticas no Brasil, com ênfase na irregularidade e distribuição dos recursos hídricos na maior parte da região. Com o advento do aumento da temperatura média global do planeta, espera-se, para o NEB, que o ar se torne mais seco e consequentemente a demanda de água na atmosfera aumente, podendo tornar a água para consumo humano, animal e para a agricultura, mais escassa. Diante disso, o objetivo geral deste estudo foi analisar a variabilidade (espacial e temporal) de dois importantes indicadores de seca: a Evapotranspiração de Referência (ET0) e o Índice de Aridez (IA), para o NEB, verificando se há indícios de mudanças climáticas. Para isso utilizou-se bancos de dados meteorológicos mensais da ET0 e das variáveis necessárias para se calcular o IA, disponibilizados por Xavier et al. (2015), no período de 1980 a 2013 (34 anos) e com espaçamento de 0,25° x 0,25°, perfazendo um total de 2042 pontos com dados. O IA foi calculado de acordo com os critérios preconizados por Thornthwaite (1948). O método da análise de Cluster foi adotado para classificar sub-regiões no NEB com características homogêneas para a ET0, em seguida foram caracterizadas as variabilidades sazonais da ET0 e do IA. As respectivas periodicidades dessas variáveis, por sub-região, foram verificadas através da análise de Wavelet. Análises sazonais em série temporal foram aplicados utilizando-se os testes não-paramétricos de Mann-Kendall (tendência), Sen (magnitude) e Pettitt (início). Em todos os testes adotaram-se significâncias estatísticas de 5% ou 1%. Os principais resultados para o NEB indicaram que há 5 sub-regiões com características homogêneas para a ET0, sendo a Sub-região 3 (S3) com os maiores acumulados médios (2098,0 mm/ano) e a S5 os menores (1362,8 mm/ano). Para o IA, identificou-se que a precipitação é a variável dominante e que no período menos chuvoso (Primavera) o IA aproxima-se do valor máximo (IA=1,00) em praticamente todo o NEB. Quanto às análises temporais, foram identificados diferentes sinais de tendências para ET0, dentro de uma mesma estação do ano, sendo predominantemente positiva com significância estatística a 1% no sudoeste do estado da Bahia (Verão, Outono, Inverno e Primavera) e negativas a 5% com maior predominância no leste do NEB, concentrando-se especialmente do leste do estado do Rio Grande do Norte (RN) ao nordeste da Bahia (Primavera), no leste da Paraíba e RN (Verão) e praticamente em toda costa leste do NEB (Inverno), exceto parte do sul da Bahia. As respectivas magnitudes das tendências positivas da ET0 variaram, em média, de 1,6 mm/estação (Outono) a 2,4 mm/estação (Primavera), enquanto que as tendências negativas oscilaram de -1,5 mm/estação (Outono) a -2,2 mm/estação (Primavera), obtendo-se início majoritário na década de 1990. Para o IA, as tendências significativamente positivas concentraram-se no sudoeste da Bahia (Verão e Inverno) e as negativas (predominantemente no Inverno) ocorreram no leste do RN a leste de Pernambuco, estado de Alagoas e nordeste da Bahia. As magnitudes positivas do IA, obtiveram uma variação média de 0,002 (Inverno) a 0,02 (Verão), por outro lado, as magnitudes negativas (ausentes no Verão e Outono), variaram de -0,007 (Primavera) a -0,016 (inverno). A década de 1990 obteve maior frequência de início das tendências para o IA no Verão Outono e Inverno, enquanto na primavera os respectivos inícios das tendências do IA concentraram-se entre 2000 a 2004. A partir dos resultados encontrados, conclui-se que as variações espaciais e temporais da ET0 e do IA no NEB foram heterogêneas e apresentaram diferenças opostas de sinais de tendências, até numa mesma estação do ano, no entanto observou-se que predominantemente a oeste do NEB predomina tendências positivas da ET0 e a leste ocorre o oposto.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2086472 - BERGSON GUEDES BEZERRA
Interno - 1752417 - CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
Interno - 2411669 - JONATHAN MOTA DA SILVA
Externo ao Programa - 1759367 - REBECCA LUNA LUCENA
Externo à Instituição - HERMES ALVES DE ALMEIDA - UEPB
Externo à Instituição - SAMIRA DE AZEVEDO SANTOS - CTGás
Notícia cadastrada em: 30/07/2018 14:50
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa09-producao.info.ufrn.br.sigaa09-producao