EFEITOS DO AVANÇO DO DESMATAMENTO E SUAS IMPLICAÇÕES NO REGIME TERMODINÂMICO E CHUVAS NA REGIAO AMAZÔNICA
Desmatamento, Precipitação, Amazônia, ARIMA, RegCM4
O objetivo deste projeto é identificar as mudanças nos padrões termodinâmicos de
diferentes regiões na Amazônia com níveis de desmatamento diferenciados e analisar as
consequências no campo de nebulosidade com resposta nas chuvas de cada região. Para isso
serão usados os dados de Rádio Ocultação que nos fornecerão perfis de temperatura e de
vapor de água sobre as regiões amazônicas e também utilizaremos dados de temperatura de
topo de nuvem do satélite GOES, ambos para o período de 2006 a 2011. Para análise das
chuvas em cada região, utilizaremos dados mensais do CPC para operíodo de 1979 a 2013, e
estes nos fornecerão uma cobertura espacial de 0,25º de latitude por 0,25º de longitude (300 x
120 pontos de grade). A metodologia consiste em usar resultados de modelos estocásticos do
tipo Auto Regressivo Integrado a Médias Móveis (ARIMA), a partir do qual será possível
fazer análise da variável-alvo dependente como função do tempo, a precipitação, em cada
região. Por fim serão simuladas séries climatológicas para cada região a apartir do RegCM4
com diferentes esquemas de parametrizações. Os resultados preliminares apontam a maior
variabilidade tanto no perfil do vapor de água quanto nas chuvas na área onde ocorre um
acentuado avanço do desmatamento no leste da Amazônia (DES) e também na área com o
desmatamento já bem estabelecido por anos, na região sul e sudeste da Amazônia (CRI).
Enquanto que a região de controle (FLO - norte e noroeste da Amazônia) o padrão se mantém
sem grande variabilidade. Os resultados esperados são que a variabilidade observada durante
o período de estudo tanto nas variáveis termodinâmicas (2006-2011) como na precipitação
seja maior na área em que o desmatamento já está estabelecido devido às alterações de
elementos meteorológicos de superfície impostas pela alteração da cobertura do solo. E
espera-se que através das simulações geradas pelo RegCM4, possamos observar a
variabilidade nos campos estudados e sua resposta direta nas chuvas das regiões.