Banca de DEFESA: IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES RODRIGUES
DATA : 24/03/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

SIMULAÇÃO REALÍSTICA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DO RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM


PALAVRAS-CHAVES:

Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; Ensino; Simulação.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) surge como metodologia para a organização do trabalho do enfermeiro, facilita o cuidado ao cliente e confere cientificidade à profissão, visto que requer a utilização de teorias. A Teoria das Necessidades Humanas Básicas, de Wanda de Aguiar Horta, consolidou o surgimento do Processo de Enfermagem (PE) no Brasil, instrumento fundamental para a realização da SAE, a qual confere aspectos formais ao cuidado de enfermagem. Atualmente, o PE é regulamentado pela Resolução 358/09, que dispõe sobre a SAE e sua implementação. Está organizado em cinco etapas interdependentes e recorrentes, a saber: coleta de dados, diagnóstico de enfermagem (DE), planejamento de enfermagem, implementação e avaliação. Os diagnósticos de enfermagem constituem a segunda etapa do processo, são constituídos por características e fatores que definem o quadro de saúde do paciente. Trata-se de um julgamento clínico face às necessidades do cliente, família e comunidade, o qual norteia o cuidado de enfermagem em direção à eficiência, eficácia e efetividade da assistência. A tarefa de diagnosticar exige do enfermeiro habilidades de pensamento crítico como conhecimento técnico-científico, análise, raciocínio lógico, experiência clínica, conhecimento do paciente, discernimento, dentre outras. Com intuito de facilitar e padronizar a linguagem utilizada na formulação dos DE surgem os Sistemas de Classificação para a Prática de Enfermagem, destacando-se a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) com reconhecimento internacional. No entanto, a utilização dos sistemas de classificação e a implementação do processo de enfermagem, em especial a construção dos diagnósticos de enfermagem, ainda se configuram como desafios a serem superados no século XXI. Observa-se uma carência dos profissionais quanto a habilidades de manuseio das taxonomias e raciocínio diagnóstico, indispensáveis para a realização dos DE. Tal fato implica em uma reformulação quanto aos métodos de ensino, de modo que o aprendizado ocorra de modo efetivo para o discente. Nesse contexto destacam-se as metodologias ativas para o ensino, com ênfase na simulação realística que permite aproximar teoria e prática, acarretando maior satisfação, aprendizagem, motivação, realismo, confiança, aperfeiçoamento de técnicas, pensamento reflexivo e transferências de competências entre diferentes realidades. O estudo tem por objetivo: avaliar a eficácia da simulação realística no processo de ensino-aprendizagem do raciocínio diagnóstico de enfermagem. Trata-se de um estudo experimental, do tipo ensaio clínico controlado e randomizado (ECCR). A pesquisa foi realizada no Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Campus Natal. A população do estudo foi composta por enfermeiros na condição de especialistas para validação dos casos clínicos e diagnósticos de enfermagem utilizados nos cenários de simulação e graduandos de enfermagem da UFRN, cursando o 9º período do curso, após terem concluído as disciplinas de semiologia e semiotécnica em enfermagem, métodos e modelos assistenciais em enfermagem e atenção integral à saúde I e II. A seleção dos juízes foi realizada por meio de processo de amostragem proposital, em bola de neve e sequencial, dentre os membros do grupo de estudos do Centro CIPE® e de outros grupos de estudos de Universidades Federais que trabalham com a CIPE, não foi realizado cálculo amostral, sendo incluídos na pesquisa todos os especialistas que aceitaram participar do estudo, totalizando uma amostra de 6 especilaistas. A amostra de estudantes foi composta por 24 discentes, alocados em dois grupos de 12 (controle e intervenção) respeitando as variáveis de controle: idade, sexo, experiência clínica, ocupação, perfil do aluno e IRA. Os dados foram coletados no período de março de 2017, sendo composta pela etapa de validação dos casos clínicos e diagnósticos, na qual foram validados cinco diagnósticos prioritários: Processo do sistema imunológico prejudicado; Risco de Déficit Nutricional; Atitude em relação à condição de saúde Prejudicada; Atitude em relação ao manejo da medicação conflituosa; Continuidade do cuidado prejudicada. Em seguida houve a realização do curso “Julgamento Clínico e Pensamento Crítico-Reflexivo: competências para o aprendizado do raciocínio diagnóstico”, o qual foi desenvolvido em 5 etapas: aula teórica expositiva-dialogada, cenário de simulação 1, 2 e 3 e avaliação do curso. A eficácia da estratégia de simulação foi avaliada mediante os escores de acertos nos dois grupos após o pré e pós-testes, comparando-os com os diagnósticos validados pelos especialistas. Os dados foram organizados em tabelas e analisados com base em frequências absolutas, em medidas de tendência central e dispersão, e em testes de IVC e Kappa. Para avaliar a independência das variáveis do estudo foi utilizado o teste exato de Fisher (quando as frequências esperadas forem menores ou iguais a 5. Em todos os cálculos inferenciais será adotado o nível de significância de 5% (p<0,05). Como postura ética ao realizar pesquisas com seres humanos, o projeto do estudo, foi encaminhado ao Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para obtenção da autorização da referida instituição e após sua anuência foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). No que concerne aos sujeitos que aceitaram participar do estudo, foi empregado um termo de consentimento livre e esclarecido, respeitando a resolução 466/12, que garante aos sujeitos o anonimato e o direito de retirar-se da pesquisa quando assim for de seu interesse.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FERNANDO JOSÉ GUEDES DA SILVA JÚNIOR - UFPI
Externo à Instituição - FILADÉLFIA CARVALHO DE SENA - UFPI
Externo ao Programa - 1863377 - MARIA ALZETE DE LIMA
Interno - 3168491 - NILBA LIMA DE SOUZA
Presidente - 2379141 - RICHARDSON AUGUSTO ROSENDO DA SILVA
Notícia cadastrada em: 10/03/2017 13:57
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