Banca de DEFESA: DÉBORA VIEIRA BUSMAN

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DÉBORA VIEIRA BUSMAN
DATA: 04/03/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Laboratório de Geofísica Aplicada - 1° Andar - UFRN
TÍTULO:

ZONEAMENTO DA DINÂMICA COSTEIRA - APLICAÇÃO DE GEOTECNOLOGIAS EM APOIO À GESTÃO COSTEIRA INTEGRADA NA PRAIA ATALAIA/PA E TRECHO DE PRAIAS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE GUAMARÉ E MACAU/RN, SETOR SOB INFLUÊNCIA DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA.


PALAVRAS-CHAVES:

Índices de Vulnerabilidade Socio-Ambiental Costeira; Análise de Risco; Gerenciamento Costeiro; Criticidade de Gestão; Zona Costeira de Meso e Macromaré.



PÁGINAS: 185
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
RESUMO:

Impactos causados por mudanças climáticas na zona costeira, como inundação, erosão costeira, tempestades extremas e ondas de calor, têm resultado em milhares de mortos, bilhões de feridos e bilhões de euros em perdas financeiras. O Brasil está entre os dez países mais afetados por mudanças climáticas e as regiões norte e nordeste do país sofrerão os maiores impactos. Para estudar a vulnerabilidade social dos municípios costeiros de Macau e Guamaré/RN (NE do Brasil) e Salinópolis/PA (N do Brasil), sujeitos a diferentes dinâmicas ambientais e socioeconômicas, foram aplicados 4 métodos de análise de Vulnerabilidade Social. Os índices de vulnerabilidade social indicaram que os municípios estudados tiveram melhorias socioeconômicas nas últimas décadas, mas ainda apresentam média vulnerabilidade social. Guamaré foi, em geral, o município com maior vulnerabilidade social e Macau o menor. Portanto, o incremento econômico resultante do setor industrial em Macau e Guamaré não está subsidiando melhorias sociais maiores que o setor de serviços em Salinópolis. Este estudo também permitiu identificar com base estatística e matemática quais variáveis devem constar em análises de vulnerabilidade física do meio ambiente, além de facilitar o processo decisório por diminuir a subjetividade em análises de vulnerabilidade física, tanto na escolha do método quanto das variáveis ambientais.  O método com resultado mais pessimista foi o Vulnerabilidade Ambiental Relativa ao Uso do Solo e à Distância da Linha de Costa (VULC) para Macau e Guamaré e o Vulnerabilidade Ambiental Relativa (VR) para Salinópolis. Para todos os municípios, o método com resultado mais otimista foi o Vulnerabilidade Ambiental à Erosão e Inundação Costeira (VEIC), que apresentou áreas de hot spot ao aumento relativo do nível médio do mar. Os municípios costeiros de Macau e Guamaré apresentaram múltiplos conflitos de uso e ocupação do solo devido as principais atividades econômicas consistirem nas indústrias do petróleo e gás, carcinicultura, salinicultura e eólica instaladas em setores de grande susceptibilidade ambiental a impactos decorrentes de mudanças climáticas. Enquanto Salinópolis apresentou maior vulnerabilidade costeira relacionado à má gestão de uso da sua orla, que em parte foi ocupada por casas de segundas-residências em local de forte dinâmica erosiva, gerando onerosos gastos com obras de “contenção” à erosão. Em todos os municípios, as áreas de maior risco e criticidade à inundação foram a zona urbana, áreas onde estão situadas as atividades econômicas principais e as áreas de manguezal. Projeções nestes municípios indicaram que centenas a milhares de pessoas estarão sob risco de inundação até 2100, gerando perdas ambientais e socioeconômicas na ordem de até centenas de milhões de dólares. Estes resultados podem subsidiar o processo decisório para gestores ambientais e os métodos testados são replicáveis tanto em municípios costeiros quanto interiores.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1222082 - ADA CRISTINA SCUDELARI
Externo à Instituição - ANA RITA GONÇALVES NEVES LOPES SALGUEIRO - UFC
Externo à Instituição - PEDRO DE SOUZA PEREIRA - UFPE
Interno - 350827 - RICARDO FARIAS DO AMARAL
Presidente - 350698 - VENERANDO EUSTAQUIO AMARO
Notícia cadastrada em: 02/03/2016 09:02
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