Banca de DEFESA: BARBARA GONDIM LAMBERT MOREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BARBARA GONDIM LAMBERT MOREIRA
DATA : 30/01/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Miniauditório do PPGAU/UFRN
TÍTULO:

Belos Panoramas, Matizes Imaginários: A cidade oitocentista das províncias do norte na obra de Charles Landseer e William Burchell (1825-1830)


PALAVRAS-CHAVES:

Representações. Viajantes. Iconografia. Paisagem urbana.


PÁGINAS: 280
RESUMO:

A representação da paisagem brasileira das primeiras décadas do século XIX configurou-se como um importante tema para a construção da identidade imagética do Império; inserido neste corpus iconográfico, destaca-se a produção de viajantes europeus que, sob as mais distintas insígnias, relataram à bico de pena, aquarelas e tintas, as mudanças na colônia recém alçada à condição de sede do Império português. Esta produção pictórica auxiliou na construção do que se convencionou como paisagem urbana brasileira do Oitocentos, permeou pelos estudos e foi consolidada e legitimada pela historiografia ao longo da primeira metade do século XX. Esta dissertação propõe analisar as representações iconográficas da paisagem urbana das províncias de Pernambuco, da Bahia e do Grão-Pará realizadas no primeiro quartel do século XIX por dois viajantes ingleses: William John Burchell e Charles Landseer.  Pretende-se observar nas perspectivas que se abrem a partir da leitura que os manuseios dessas imagens oferecem, o vislumbre de uma via de acesso distinta para interpretar o complexo quadro da paisagem urbana das vilas e cidades brasileiras da primeira metade do século XIX. Membros da Missão Diplomática Inglesa, chefiada por Sir Charles Stuart e cujo objetivo era a negociação do reconhecimento por parte de Portugal do recente império brasileiro, foram designados a retratar e documentar o trajeto em solo brasileiro da comitiva. A análise fundamentou-se na revisão bibliográfica, com enfoque na problematização do material iconográfico produzido por Burchell e Landseer como fonte historiográfica sobre o assunto e na análise da iconografia elencada por meio de sua leitura formal e interpretativa.  O material iconográfico revela transformações históricas vividas pela sociedade ao qual pertence; contudo, há mais neste discurso: obras de arte não são espelho, nos transmitem aspectos da realidade a partir de estratagemas: ora deslocando ou desfocando elementos, ora redimensionando aspectos do real. Investidas de caráter documental desde a sua produção, a obra dos dois viajantes relativas às paisagens urbanas das províncias mostrou-se permeada por esquemas figurativos, cujo emprego adiciona camadas de significação ainda pouco exploradas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1720813 - GEORGE ALEXANDRE FERREIRA DANTAS
Interno - 1345114 - JOSE CLEWTON DO NASCIMENTO
Externo ao Programa - 7350306 - PAULO JOSE LISBOA NOBRE
Externo à Instituição - JOSE TAVARES CORREIA DE LIRA - USP
Notícia cadastrada em: 16/01/2017 08:02
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