Avaliação da Prática de Higienização das Mãos nos cinco momentos da Assistência em uma UTI Neonatal
Higienização das Mãos - Segurança do Paciente – Estratégia Multimodal
Objetivos: A higienização das mãos, é uma ação simples, mas que traz um benefício imensurável aos pacientes e profissionais de saúde no controle de infecção hospitalar e segurança do paciente. O presente estudo tem como objetivo avaliar a adesão dos profissionais à prática da higienização das mãos, nos cinco momentos da assistência orientados pela Estratégia Multimodal da Organização Mundial de Saúde, na UTI neonatal da Maternidade Escola do Rio Grande do Norte. Objetiva ainda incentivar essa prática, através da educação continuada, a partir da aplicação do ciclo de melhoria, e seguindo alguns critérios de priorização construídos e validados junto à equipe multiprofissional.
Metodologia: Estudo observacional do tipo "antes e depois". A primeira observação foi realizada às "cegas" (sem conhecimento da experiência pelos profissionais) e utilizou como critério a higienização das mãos ao entrar na UTI neonatal executada por 44 profissionais (n=44) no início de 2015. Essa observação serviu como base para que iniciássemos o ciclo de melhoria, tendo como referência a Estratégia Multimodal para higiene da mãos que orienta a prática segura nos cinco (05) momentos da assistência, constituídos por "oportunidades/indicações" que geram ações de adesão ou não à higienização das mãos. A segunda observação foi realizada com conhecimento dos profissionais da equipe avaliada com utilização do formulário padrão (instrumento já validado) contido no manual técnico para observadores da Estratégia, no final de 2015.
Resultados preliminares: Na 1ª avaliação, (n=44 profissionais)), 55% dos profissionais cumpriram critérios e 45% não cumpriram critérios de higiene das mãos. Na 2ª observação (n=43 profissionais), observou-se 179 oportunidades para apenas 96 ações desenvolvidas, distribuídas nos meses de Outubro com 53 oportunidades (somente 18% de ações desenvolvidas), em Novembro 88 oportunidades (com 58% de ações desenvolvidas) e em Dezembro 38 oportunidades (com apenas 24% de ações desenvolvidas)
Conclusão: Se cada oportunidade gera uma ação, o presente estudo mostra que a adesão à higiene da mãos, ainda está muito baixa, para que se tenha uma assistência segura. Faz-se necessário ações de educação continuada e planejada. Deve-se trabalhar a cultura da higienização das mãos nos cinco momentos da assistência em busca da qualidade e segurança na assistência à saúde, reduzindo não só a infecção hospitalar, mas também o índice da morbi-mortalidade.