ESTUDO DO CONCRETO LEVE FLUTUANTE EM ESTRUTURAS OFFSHORE COM SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DO CIMENTO POR RESÍDUO DE CALCÁRIO.
Concreto em estrutura flutuante, offshore, baixa densidade, consumo de cimento, durabilidade e resíduo de pó de calcário.
O estudo sobre concretos para construção de estruturas flutuantes teve início no começo do século passado. Devido às suas propriedades, seu menor custo, maior capacidade de produção e maior durabilidade, as pesquisas sobre concretos em estruturas offshore, armadas ou não, vêm ganhando destaque internacionalmente na engenharia, possibilitando descobertas e aprimoramento de tecnologias para essa finalidade, desde então. Diante disso, este trabalho teve como objetivo desenvolver um Concreto Leve Flutuante (CLF) com densidade menor que 1,0 g/cm³, ou seja, capaz de flutuar sem auxílio de nenhum suporte, utilizando areia fina quartzosa, argila expandida e vermiculita expandida, como agregados leves. Além disso, analisou-se o comportamento físico através dos ensaios de absorção de água por imersão, índice de vazios, porosidade, massa específica, condutividade térmica e, ainda, o comportamento mecânico por ensaios de resistência à compressão, módulo de elasticidade dinâmico e tração indireta por compressão diametral, além de análise microestrutural (FRX e DRX) do resíduo de calcário. Para fins de comparação, um traço de concreto referencial foi confeccionado sem nenhuma substituição e, a partir dele, realizou-se a substituição parcial do cimento, em 5%, 10%, 15%, 20% e 25%, por resíduo de calcário. Outro fator importante considerado no estudo do concreto para estruturas flutuantes foi o consumo de cimento, o qual se manteve entre 262,5 e 350 k/m³. Todos os concretos apresentaram densidade menor que 1,0 g/cm³, com redução de até 7,78% com a substituição de 25% do cimento por resíduo de rocha calcária.