Banca de QUALIFICAÇÃO: HANNALICE GOTTSCHALCK CAVALCANTI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HANNALICE GOTTSCHALCK CAVALCANTI
DATA: 10/08/2012
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Aula do Departamento de Fisioterapia - UFRN
TÍTULO:

PREVALÊNCIA DAS ALTERAÇÕES AUDIOLÓGICAS E FATORES ASSOCIADOS EM RECÉM NASCIDOS NAS MATERNIDADES MUNICIPAIS DE NATAL-RN


PALAVRAS-CHAVES:

Triagem auditiva universal, follow up, adesão, fatores sócio econômicos


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO:

Introdução: A implantação de programas de detecção precoce da perda auditiva em recém nascidos ainda é um desafio em países em desenvolvimento, como o Brasil. Há grandes diferenças sócias econômicas entre as regiões e o investimento em saúde pública é precário. Com isto, o compromisso com os programas de triagem auditiva universal é insuficiente e afeta a qualidade dos programas. Apesar da existência da lei que recomenda a triagem auditiva universal em maternidades públicas desde 2010, há uma grande dificuldade em atingir os índices de qualidades preconizados pelo Joint comitê of Infant Hearing. A falta de adesão ao programa, por parte dos pais, é um dos grandes desafios. O recém nascido que falha na triagem auditiva inicial deve retornar para um reteste. Caso o bebê falhe novamente, um diagnostico audiológico, em um centro de referência, se faz necessário. Alguns bebês apresentam bons resultados na triagem auditiva inicial, más possuem algum indicador de risco para a perda auditiva. Nestes casos o encaminhamento para o diagnostico audiológico também é necessário. O não retorno, tanto para o reteste como para o diagnostico, é alto, principalmente em países com sistemas de saúde pobres. Estratégias que incentivam o retorno das famílias aos programas de triagem auditiva, são necessárias para melhorar sua eficácia. Objetivo: O objetivo deste estudo é descrever o programa de triagem auditiva neonatal universal do Município de Natal em seus primeiros anos de implantação. São ressaltados os fatores preditivos para a não adesão ao programa. Metodologia: Estudo seccional, incluindo 3724 recém nascidos e avaliados na triagem auditiva durante o período de 2007-2009. Para obter os dados preditivos, a população foi dividida e dois grupos: os que retornaram e os que não retornaram para o reteste ou diagnóstico audiológico. As diferenças entre os dois grupos foram explorados e os odds ratios obtidos. Resultados: Dos 3724 bebês avaliados, 84,5% obtiveram resultados satisfatórios na avaliação inicial. 15,5% falharam e foram encaminhados para um reteste. 38,8% faltaram no reteste e os fatores preditivos para a falta foram o número de consultas pré-natais, nível de escolaridade, renda familiar e se a criança era primogênita ou não. Dos bebês encaminhados para o diagnóstico, 64,3% não compareceram. O diagnóstico mais prevalente foi alteração da orelha média e perda auditiva condutiva ou mista. 5 bebês apresentaram alterações não condutivas nos exames, porém sem diagnóstico conclusivo. Os fatores preditivos para o comparecimento ao diagnóstico foram número de consultas pré- natais, renda familiar, se houve ou não alguma ocorrência durante a gestação e a presença ou não de fatores de risco maternos. Conclusão: Fatores sócio econômicos e maternos parecem ter influencia significativas sobre a eficácia de programas de detecção precoce de perdas auditivas em recém nascidos em regiões menos desenvolvidas do Brasil. Uma política de saúde pública efetiva, consciência e conhecimento da população sobre a importância do diagnóstico precoce das perdas auditivas, são imprescindíveis para o sucesso dos programas de detecção precoce das perdas auditivas em bebes. Os pais devem ser orientados sobre o impacto da alteração auditiva sobre o desenvolvimento social, emocional e da linguagem do bebê já durante a gestação materna. Um sistema efetivo para o acompanhamento dos bebês de risco deve ser implantado.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1460020 - ALVARO CAMPOS CAVALCANTI MACIEL
Externo ao Programa - 1542822 - FABIANA CRISTINA MENDONCA DE ARAUJO
Presidente - 350637 - RICARDO OLIVEIRA GUERRA
Notícia cadastrada em: 03/08/2012 11:27
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