Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CARLA GOMES CANARIO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CARLA GOMES CANARIO
DATA: 29/09/2011
HORA: 09:30
LOCAL: Sala de Aula do PPGCSa, 2° andar do CCS
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES DE MEIA IDADE: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL


PALAVRAS-CHAVES:

atividade física, mulheres, qualidade de vida


PÁGINAS: 19
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Educação Física
RESUMO:

Objetivo: Avaliar a associação entre os níveis de atividade física com qualidade de vida e sintomas do climatério em mulheres entre 35 e 65 anos de idade. Metodologia: Foi realizado estudo de base populacional com 365 mulheres, residentes em Natal-RN. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas individuais nas unidades básicas de saúde da cidade do Natal. Os instrumentos utilizados para avaliar qualidade de vida foram WHOQOL abreviado que consta de 26 questões inseridas nos domínios: físico, psicológico, relação social e meio ambiente e Menopause Rating Scale (MRS), instrumento específico que avalia a síndrome climatérica.  As mulheres foram classificadas em três categorias de qualidade de vida (baixa - B, média-M e alta-A) utilizando-se a análise de agrupamento. Esta metodologia estatística classifica o grupo estudado considerando simultaneamente o comportamento de um conjunto de variáveis, neste caso, os domínios de qualidade de vida. Adotou-se o método de ligação Ward e a distância euclidiana para a caracterização dos grupos. Após a classificação, comparou-se o comportamento médio dos escores sintomatológicos: psicológico, vegetativo-somato e urogenital, por meio da análise de variância e teste de Tukey.  Utilizou-se, também, o cálculo do coeficiente de correlação para avaliar qual o sintoma que mais contribuiu mais para reduzir a qualidade de vida das mulheres. Para availar o impacto da atividade física sobre os sintomas do climatério foram utilizados o Índice de Blatt-Kupperman (IMBK) para avaliar os sintomas do climatério e o International Physical Activity Questionnaire - IPAQ (versão curta, semana usual), que avalia o nível de atividade física. O IPAQ avalia a freqüência, em dias e a duração, em minutos, das atividades realizadas por mais de dez minutos contínuos durante uma semana normal e se utilizou três categorias (sedentária moderadamente ativa e ativa ou muito ativa). Além de análises descritivas das variáveis, o teste de Mantel-Haenszel, indicado para a relação entre variáveis categorizadas ordinais, foi aplicado para testar a associação entre os níveis de atividade física e a classificação dos sintomas do climatério, considerando-se um nível de significância de 5%. Resultados: A idade média das mulheres estudadas foi de 48 anos, sendo 77,2% de cor branca, 42% das entrevistadas referiram 12 anos completos de estudo e renda familiar média foi de dois salários mínimos. O escore médio WHOQOL-Bref para a qualidade de vida geral obteve o valor de 60,2 com desvio-padrão de 9,7. Observando-se os escores médios entre os grupos classificados quanto aos domínios de qualidade de vida, constatou-se diferenças significativas (p <0,001) entre os escores médios de todos os grupos. As consideradas com baixa qualidade de vida obtiveram escore médio de 47,1, as de média qualidade 58,8 e as classificadas em alta qualidade 68,1.  Considerando a sintomatologia climatérica, constataram-se diferenças significativas para todos os domínios: psicológico (p < 0,001), vegetativo-somático (p < 0,001) e urogenitais (p<0,001), evidenciando uma tendência crescente de escores dos sintomas a medida que diminui a qualidade de vida dos grupos. Os grupos classificados quanto à qualidade de vida (B, M e A) obtiveram os seguintes escores médios para os sintomas psicológicos, vegetativo-somato e urogenitais, respectivamente: Baixa – 10,3; 7,5 e 4,2; Média – 5,6; 4,5 e 3,4 e Alta – 3,5; 3,1 e 2,1, refletindo que existe uma forte associação dos sintomas do climatério com a qualidade de vida das mulheres. A análise de correlação confirmou a tendência negativa entre os escores dos sintomas psicológicos (r= -0,548; p<0,001); vegetativo-somato       (-0,434; p<0,001) e urogenital (-0,312; P<0,001), indicando maior força de contribuição dos sintomas nesta ordem.Quanto a prática de atividade física os resultados revelaram que 27,6% foram classificadas como sedentárias 32,4% como moderadamente ativas e 40% com atividade física ativa ou muito ativa. Os resultados do questionário de Blatt-Kupperman mostraram sintomatologia leve ou ocasional em 60,8%, moderada em 24,4% e forte em 14,8% das mulheres. Os sintomas mais intensos foram fadiga (23,2%), depressão (20%), insônia (19,6%) e ondas de calor (17,2%).  Os escores médios dos índices menopáusicos segundo os níveis de atividade física corresponderam a 21,6 para as sedentárias, 19,5 para as moderadamente ativas e 13,9 para as mais ativas, indicando uma tendência decrescente da gravidade dos sintomas à medida que se intensifica a atividade física. Detectou-se, portanto associação significativa entre o nível de atividade física e os índices menopáusicos (p = 0,02). As mulheres mais ativas fisicamente apresentaram o menor percentual de sintomas fortes (8,0%), enquanto que as sedentárias (15,9%) e menos ativas (22,2%) tiveram percentuais mais elevados e sintomas climatérios mais intensos. Conclusão: Os sintomas do climatério comprometem significativamente a qualidade de vida das mulheres e a prática de atividade física diminui os sintomas decorrentes do climatério, corroborando para melhora na qualidade de vida de mulheres nesta faixa etária.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1199080 - ANA KATHERINE DA SILVEIRA GONCALVES
Interno - 347795 - IVONETE BATISTA DE ARAUJO
Externo ao Programa - 347510 - MARCOS AURELIO DE ALBUQUERQUE COSTA
Notícia cadastrada em: 21/09/2011 14:36
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa10-producao.info.ufrn.br.sigaa10-producao