Banca de QUALIFICAÇÃO: DANIELLE VIVIANE FERNANDES BEZERRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DANIELLE VIVIANE FERNANDES BEZERRA
DATA : 16/05/2025
HORA: 14:00
LOCAL: REMOTA - https://meet.google.com/jkh-gdnw-rqb
TÍTULO:

MANTENDO A LEISHMANIOSE VISCERAL À DISTÂNCIA: MARCADORES IMUNOLÓGICOS E O PAPEL FUNDAMENTAL DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL NA COINFECÇÃO POR HIV/LEISHMANIA


PALAVRAS-CHAVES:

Coorte, infecção assintomática, CD4+, imunossenescência, imunoativação, exaustão de células T.


PÁGINAS: 35
RESUMO:

Introdução: A infecção por Leishmania infantum, agente etiológico da leishmaniose visceral (LV) nas Américas, continua sendo um importante problema de saúde pública e pode ocorrer concomitantemente à infecção pelo HIV. A maioria dos indivíduos infectados permanece assintomática; no entanto, aqueles com comorbidades podem apresentar maior risco de desenvolver a LV. Em pessoas vivendo com HIV (PVHIV), a terapia antirretroviral (TARV) contribui para a restauração da função das células T por meio da redução da carga viral. Este estudo teve como objetivo avaliar marcadores imunológicos em indivíduos com coinfecção assintomática por HIV/L. infantum no contexto de alta adesão à TARV.

Metodologia/Principais Resultados: Foi realizado um estudo de coorte com 829 PVHIV em Natal, Brasil, de agosto de 2021 a janeiro de 2023, incluindo duas tomadas de medidas (T1 e T2) e coletas de amostras de sangue. Os participantes foram agrupados com base na coinfecção HIV/Leishmania, determinada por testes sorológicos e/ou moleculares, em dois grupos: coinfecção assintomática HIV/Leishmania e apenas HIV. Os marcadores de ativação, senescência e exaustão de células imunes foram avaliados no T2 por citometria de fluxo. A prevalência em T1 de coinfecção assintomática HIV/Leishmania foi de 11,5%. Nenhum participante desenvolveu LV após 18 meses de acompanhamento. Indivíduos com uso irregular de TARV apresentaram 2,6 vezes mais chance de estarem no grupo de coinfecção HIV/Leishmania do que aqueles em uso regular da terapia (p=0,007). Cargas virais mais elevadas foram associadas ao grupo com coinfecção assintomática em T1 (p=0,017). A prevalência de uso de TARV foi maior em T2 em comparação a T1: 89,2% em T1 vs. 98,2% em T2 (p<0,0001). Houve melhora significativa na contagem de células CD4+ ao longo do tempo e aumento na proporção de carga viral indetectável, tanto nos grupos infectados por L. infantum quanto nos não infectados (p≤0,0011 e p=0,004, respectivamente), provavelmente devido à adesão à TARV. Os níveis de células T ativadas, senescentes e exaustão não diferiram entre os grupos HIV somente e HIV/Leishmania.

Conclusões/Relevância: Indivíduos infectados pelo HIV com coinfecção assintomática por L. infantum apresentaram marcadores imunológicos semelhantes aos daqueles sem coinfecção por Leishmania. Alta adesão à TARV parece conter o declínio imunológico, prevenindo a progressão para a leishmaniose, reforçando o papel essencial do uso consistente da TARV na mitigação de complicações em pessoas coinfectadas por HIV/Leishmania.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1714243 - DANIELLA REGINA ARANTES MARTINS SALHA - nullExterna ao Programa - 1346630 - LARA DE MELO BARBOSA ANDRADE - nullPresidente - 350647 - SELMA MARIA BEZERRA JERONIMO
Notícia cadastrada em: 05/05/2025 15:52
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