Associações de variáveis sócio demográficas, saúde, funcionais, psicológicas, estilos e hábitos de vida com a Síndrome da Fragilidade em Idosos
Envelhecimento. Idoso Frágil. Fragilidade. Síndrome da Fragilidade.
A Síndrome da Fragilidade é um estado clínico geriátrico de vulnerabilidade que resulta no declínio das reservas fisiológicas, caracterizada por consequências de alto risco como: quedas, incapacidade funcional, hospitalização, institucionalização e morte. Embora a presença de comorbidades associadas não seja sempre acompanhada da fragilidade, essa presença poderia também indicar um aumento do risco de eventos adversos à saúde, levando o idoso a uma maior probabilidade de torna-se frágil, devido às limitações físicas que podem ocorrer com o surgimento das doenças, as quais são fortemente preditoras da Síndrome da Fragilidade. Esse estudo teve como objetivo geral identificar a prevalência da Síndrome da Fragilidade em idosos e os fatores associados. Os objetivos específicos foram: identificar a prevalência da Síndrome da Fragilidade e suas associações com variáveis demográficas, econômicas, de saúde, funcionais e psicológicas; verificar as associações da síndrome da fragilidade com os estilos e hábitos de vida dos idosos. O estudo foi transversal e composto por 385 idosos com 65 anos ou mais. Foram utilizados modelos de regressão de Poisson multivariada, para verificar condições associadas à fragilidade e determinar a razão de prevalência (α = 0,05). A prevalência de fragilidade foi de 8,7% e pré- fragilidade de 50,4%. Os idosos frágeis e pré-frágeis apresentaram, maiores e crescentes razão de prevalência para estado civil, dificuldade para realizar as atividades instrumentais da vida diária, idade avançada, perda involuntária de fezes, depressão e afetos negativos. Idosos com mais idade, com perda de peso, aqueles que demoram a pegar no sono e quedas nos últimos 15 dias apresentaram maior prevalência de fragilidade. Considera-se que os resultados, juntamente a outros disponibilizados na literatura, possam contribuir para o entendimento da epidemiologia da fragilidade e também na implementação de programas específicos que visem reduzir a prevalência da fragilidade, otimizando a qualidade de vida. Sugere-se que futuros programas tenham especial atenção aos perfis de idosos que ainda não tenham desenvolvidos fragilidade, ou seja, os pré-frágeis. Isso poderia evitar que os idosos se tornassem frágeis.