Banca de QUALIFICAÇÃO: ANGELA CRISTINA PINTO DE PAIVA CUNHA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANGELA CRISTINA PINTO DE PAIVA CUNHA
DATA: 13/12/2013
HORA: 14:30
LOCAL: Departamento de Odontologia
TÍTULO:

Qualidade de vida relacionada ao tratamento ortodôntico fixo

PALAVRAS-CHAVES:

Índices Oclusais, Qualidade de vida, Maloclusões 

PÁGINAS: 15
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:

A inclusão das oclusopatias como um problema de saúde pública se deve não só ao fato da sua alta prevalência, mas também ao seu impacto sobre a qualidade de vida dos indivíduos. Para tratar tais agravos, a terapia ortodôntica fixa foi criada e tem sido aperfeiçoada ao longo dos anos.  No entanto, não é incomum, ao término do tratamento, relatos acerca de impactos negativos na qualidade de vida dos indivíduos. Diante disto, este estudo objetivou aferir o impacto na qualidade de vida nos pacientes que se submeteram à terapia ortodôntica fixa, assim como investigar os fatores associados a esse impacto. Para tanto, foram realizadas entrevistas com 288 pacientes, recrutados de serviços públicos e privados que realizam tratamento ortodôntico fixo. Acerca desses indivíduos coletou-se dados relativos ao tratamento e a partir dos seus modelos de estudo, a necessidade de tratamento dos mesmos através do IOTN (components AC e DHC), além da adequação do tratamento através do índice PAR. Para aferir o impacto sócio dentário na qualidade de vida após o tratamento ortodôntico, lancou-se mão do índice CS-OIDP. Para análise dos dados, utilizou-se os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para um nível de confiança de 95%. O impacto das oclusopatias na qualidade de vida foi baixo, mas ainda esteve presente em 29,2% dos indivíduos, a despeito do tratamento ter sido realizado. As performances de sorrir, estado emocional e limpeza da boca (10,4%; 10,4% e 10,1%, respectivamente) foram as mais afetadas.  Os fatores relacionados ao impacto foram o tipo de serviço em que o tratamento foi realizado (p<0,001), a necessidade de tratamento ortodôntico (p=0,019), o tipo de problema que motivou o tratamento (p=0,017) e as idades ao término do tratamento e a atual (p<0,001 e p=0,010, respectivamente). Nesse sentido, pode-se afirmar que a terapia ortôdôntica fixa mantém baixo o impacto das oclusopatias na qualidade de vida dos pacientes decorrido um tempo após a sua realização. Para aqueles cujo impacto ocorreu, este esteve associado à idade mais avançada, ao fato de terem realizado tratamento no serviço privado, à moderada/alta necessidade de tratamento e à deformidade da boca ou face como principal problema que motivou o tratamento. Tais associações chamam atenção para o fato de que as expectativas dos pacientes e a gravidade dos problemas tratados podem não serem totalmente equacionadas pelo tratamento ortodôntico fixo ou sofrerem “recidivas” ao longo do tempo.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GISELLE GASPARINO DOS SANTOS COLUCHI - UnP
Interno - 350485 - HEBEL CAVALCANTI GALVAO
Presidente - 277398 - KENIO COSTA DE LIMA