Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA
DATA: 01/02/2013
HORA: 13:30
LOCAL: Sala 302
TÍTULO:

A escrita do texto acadêmico na graduação: a utilização de conceitos teóricos de uma área de conhecimento

 


PALAVRAS-CHAVES:

escrita, heterogeneidade, promoção do outro e monografia


PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO:

Nesta pesquisa propomos uma discussão sobre a produção de textos acadêmicos do curso de Letras. Mais especificamente, analisaremos a escrita do texto monográfico, com o intuito de verificar os efeitos de sentido criados pela marcação do outro. Para tanto, buscamos responder o seguinte questionamento: Quais os modos que um jovem pesquisador se utiliza de uma teoria para se inserir em uma dada comunidade científica? Temos como objetivos: 1) analisar as marcações do outro na escrita acadêmica; e 2) observar o efeito de sentido produzido por esta marcação na escrita acadêmica. Utilizamos como fundamentação teórica os seguintes conceitos: 1) de heterogeneidade enunciativa de Authier-Revuz (2004), que nos possibilitará analisar as marcações do outro na escrita monográfica; 2) reformulação-paráfrase de Pêcheux (1997) e polissemia e paráfrase de Orlandi (2007), a partir destes conceitos os autores apresentam as noções de produtividade e criatividade como formas de produção de sentidos, o que nos permitirá observar como se estabelece o processo de produção da linguagem na escrita acadêmica; e 3) conceito de valor de troca e valor de uso de Rossi-Landi (1985), que ao considerar a linguagem enquanto trabalho linguístico permite observarmos as diferenças de uso e a funcionalidade social de uma teoria na escrita acadêmica. Esses conceitos  nos permitirão abordar as diversas maneiras pelas quais uma teoria é utilizada. Se por um lado alguém pode, pelas marcações explícitas do discurso do outro, promover uma teoria, de modo que o seu uso garanta a produtividade (valor de troca) de um conceito; por outro uma dada teoria ou conceito teórico pode ser lido de um modo diverso ao já legitimado e algo pode ser produzido a partir dessa leitura, garantindo a criatividade do conceito (valor de uso). Tomamos como corpus 23 (vinte e três) monografias produzidas nos últimos cinco anos por alunos de um curso de Letras de uma dada universidade pública. Análises preliminares dos dados nos possibilitaram constatar que a repetição de uma teoria, de autores ou conceitos teóricos, realizadas a partir da marcação do outro na escrita, podem indicar um sentido de promoção e garantir a inserção do jovem pesquisador em uma comunidade científica, mesmo quando os conceitos teóricos não são operacionalizados (utilizados em análise de dados ou na metodologia), não tendo função ou indicando funcionalidade no trabalho em que são empregados. Com isso, consideramos que as marcações do outro na escrita acadêmica podem funcionar de modo a destacar aquilo que outro afirma em detrimento do dizer do pesquisador.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1673309 - SULEMI FABIANO CAMPOS
Externo à Instituição - ERNESTO SÉRGIO BERTOLDO - UFU
Externo à Instituição - MARINALVA VIEIRA BARBOSA - UFTM
Externo à Instituição - SONIA MARIA CORREA PEREIRA MUGSCHL - UFMA
Notícia cadastrada em: 18/01/2013 08:48
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