Banca de DEFESA: CARLOS ANDRE PINHEIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS ANDRE PINHEIRO
DATA: 26/03/2012
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório - CCHLA
TÍTULO:

ESSA MARCA DE SUOR NUMA CANÇÃO: O PROCESSO DE REDUÇÃO ESTRUTURAL NA POESIA DE ZILA MAMEDE


PALAVRAS-CHAVES:

Poesia Brasileira; Literatura Potiguar; Zila Mamede; Redução estrutural


PÁGINAS: 160
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literatura Comparada
RESUMO:

Ao longo dos séculos, as relações entre literatura e sociedade foram analisadas a partir de diferentes perspectivas, de modo que os estudiosos ora se voltavam para os aspectos da realidade social, ora destacavam a natureza da obra literária. Acreditamos, contudo, que Antonio Candido alcançou um ponto de equilíbrio ao desenvolver o conceito de redução estrutural ou formalização, isto é, o processo através do qual a realidade social e humana se torna um componente da estrutura literária. Trilhando um caminho de mão dupla, o autor consegue recuperar os dados de ordem social sem perder de vista a materialidade do texto. E são exatamente tais pressupostos teóricos que orientam o desenvolvimento desta tese. O principal objetivo é, portanto, fazer uma análise da poesia de Zila Mamede a partir do seu processo de redução estrutural. Pretende-se, com isso, mostrar que a estrutura da lírica mamediana revela dados significativos da sociedade na qual a autora estava inserida. Consequentemente, acabamos por efetuar o exame da temática social que perpassa a sua obra. Inicialmente, examinamos o modo como Zila Mamede representou a vida cotidiana da sociedade. A partir da organização estrutural dos poemas, percebemos que as cenas interioranas representam um ato resistência contra o perfil fragmentário da sociedade capitalista; é por esse motivo que elas aparecem intimamente vinculadas à ideia de tradição. A relação dicotômica instituída entre o dado regional e o elemento modernizador é reforçada, inclusive, pela organização do espaço, pois enquanto a cidade de concreto aponta para uma ordem social fracionária, o campo tem um feitio harmonioso e acolhedor. Em linhas gerais, a cidade moderna delineada por Zila Mamede é uma espécie de simulacro da sociedade industrial. As imagens campestres, por sua vez, funcionam como antídoto contra as hostilidades características da nova condição urbana. Dessa forma, o campo desempenha a função de reestruturar a personalidade do indivíduo afetado pela experiência reificante das grandes cidades. Os conflitos que transpassam a lírica mamediana são reflexos do processo modernizador da cidade de Natal e da própria instabilidade política do país, que passou por diferentes regimes de governo ao longo dos anos em que a autora exerceu a sua atividade literária.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 349739 - HUMBERTO HERMENEGILDO DE ARAUJO
Interno - 1513790 - ANDREY PEREIRA DE OLIVEIRA
Interno - 1299003 - DERIVALDO DOS SANTOS
Externo à Instituição - CASSIA DE FATIMA MATOS DOS SANTOS - UERN
Externo à Instituição - JOSÉ HÉLDER PINHEIRO ALVES - UFCG
Notícia cadastrada em: 09/03/2012 14:02
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa05-producao.info.ufrn.br.sigaa05-producao