Banca de DEFESA: MARIA HELISSA DE MEDEIROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA HELISSA DE MEDEIROS
DATA: 26/03/2014
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório "C" do CCHLA
TÍTULO:

CARTILHA DO SILÊNCIO: SOB O SIGNO DA MODERNIDADE E DA MEMÓRIA


PALAVRAS-CHAVES:

tradição, modernidade, memória, regionalismo


PÁGINAS: 106
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literatura Comparada
RESUMO:

 

Esta pesquisa parte do pressuposto de que o romance Cartilha do silêncio, de Francisco Dantas, constitui-se de um duplo movimento, articulado um ao outro. Um voltado para a experiência moderna com a ideia de que a modernidade está impregnada de contrários, como nos lembra Nietzsche; outro vinculado a modos de vida baseados na experiência tradicional, que engloba a noção de memória como propriedade individual e coletiva. Interessa-nos, pois, analisar questões voltadas para o campo crítico-social que permeiam a vida e a história das personagens do romance, no que se refere à evocação do passado como instância de permanência da tradição em relação ao que apresenta como elementos constituintes da vida social moderna, o que dá à narrativa seu caráter paradoxal. Para subsidiar nossa análise, teremos como principal fundamentação teórica as reflexões de Marshall Berman constantes no livro Tudo que é sólido desmancha no ar e na obra Os cinco paradoxos da modernidade, de Antoine Compagnon. Tendo em vista que o romance de Francisco Dantas se configura como uma narrativa fragmentada decorrente da representação da memória social que remonta o tempo e as experiências individuais à margem de um processo social e de uma família patriarcal, a pesquisa se desenvolve à luz do conceito de memória de Jacques Le Goff, presente em História e Memória, e das reflexões de Ecléa Bosi, em Memória e Sociedade: lembranças de velhos. O método adotado em nossa investigação articula texto e contexto, o literário e a vida social, conforme a perspectiva de Antonio Candido, em Literatura e Sociedade, a fim de verificar como em Cartilha do silêncio  modos da vida social moderna se conjugam à ordem estética. Nesse sentido, ao ler o romance foi possível perceber como a identidade das personagens se constrói durante a narrativa e se mantém resistente à acomodação no seu contexto social na transição da tradição patriarcal para a modernidade, criando uma atmosfera de tensão entre os dois registros.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1299003 - DERIVALDO DOS SANTOS
Externo à Instituição - IZABEL CRISTINA DA COSTA BEZERRA OLIVEIRA - UERN
Externo ao Programa - 1169325 - VALDENIDES CABRAL DE ARAUJO DIAS
Notícia cadastrada em: 07/03/2014 15:04
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