Banca de DEFESA: MAÍRA LEITE ESCÓRCIO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAÍRA LEITE ESCÓRCIO
DATA : 28/11/2016
HORA: 15:00
LOCAL: Lab. Psicologia
TÍTULO:

“O sertão é um mundo”- uma aproximação fenomenológica dos modos de ser-no-mundo de sertanejos do semiárido nordestino.


PALAVRAS-CHAVES:

Semiárido nordestino, água, narrativas, Heidegger, pesquisa fenomenológica.


PÁGINAS: 197
RESUMO:

O Semiárido Brasileiro é caracterizado pela irregularidade das chuvas, grande evaporação da água, clima quente e bioma da caatinga, ocupando 86% da região nordeste. Existem concepções sobre o sertão, seja na literatura, mídia ou cinema, como local de seca e escassez. Contudo, existem também estudos destacando a diversidade cultural, a religiosidade e a criatividade sertaneja. Esta pesquisa objetivou compreender a experiência do sertanejo no horizonte da irregularidade da oferta da água. É uma pesquisa qualitativa de inspiração fenomenológico-existencial, amparada na hermenêutica heideggeriana. O ser humano (Dasein) é entendido como único ente que possui seu ser em questão e sempre é ser-no-mundo. O local da pesquisa é o Sítio Galinhas, em Icó (CE), escolha dada por conveniência, e a coleta de dados foi realizada em duas viagens de campo, além de observações e entrevistas. Foram utilizadas quatro entrevistas, com três participantes homens e duas mulheres para a contrução do texto interpretativo. As gravações transcritas e confrontadas com as observações e afetações da pesquisadora em diário de campo foram compreendidas a partir da hermenêutica heideggeriana, resultando em texto narrativo. A interpretação das entrevistas teve como eixo a entrevista do fundador do sítio Galinhas, sendo acrescida das narrativas dos outros quatro entrevistados. A partir de suas falas, foi possível identificar que as vidas desses sertanejos são marcadas pela seca. Alguns passaram a economizar água em decorrência da experiência de falta e do apelo viabilizado pela angústia, a força motriz dessa nova possibilidade de relação com a água. Políticas públicas no semiárido passaram por transformações e desvelam o espírito de nossa época, a “Era da Técnica”. Os sertanejos mais velhos habitam sua terra natal no modo da proximidade e da familiaridade, enquanto que o jovem revela um estranhamento para com a região. A religiosidade se abriu como horizonte de significância dos sertanejos, inundando mundo.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA MARIA MONTE COELHO FROTA - UFC
Presidente - 106.488.444-04 - ELZA MARIA DO SOCORRO DUTRA - USP
Interno - 1744558 - JADER FERREIRA LEITE
Notícia cadastrada em: 01/11/2016 08:05
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