PROPAGAÇÃO SEMINÍFERA DE Auxemma oncocalyx (Allemão) Baill. E CARACTERIZAÇÃO BIOMÉTRICA DE DIÁSPOROS E SEMENTES
Produção de mudas. Conservação de Germoplasma. Biometria digital. Germinação in vitro.
Auxemma oncocalyx Allemão Baill., conhecida popularmente como pau-branco, é uma espécie nativa da Caatinga, com potencial socioeconômico e ambiental, entretanto, são escassos estudos silviculturais sobre a espécie. Portanto, objetivou-se analisar no presente trabalho as características biométricas dos diásporos e sementes por meio da biometria manual e pelo processamento digital de imagens, com o intuito de compará-las, bem como avaliar a germinação in vitro e emergência ex vitro de A. oncocalyx. Na avaliação da biometria, foram utilizados 300 diásporos e 300 sementes, aplicando-se a biometria manual e a digital. Posteriormente, foi realizada a emergência ex vitro, testando a escarificação mecânica (escarificação em diferentes regiões do diásporo) e química (imersão em ácido sulfúrico por 90 e 180 min). Por fim, testou-se a germinação in vitro, utilizando diferentes composições do meio de cultura M&S e adição de sacarose. Os resultados demonstraram que o processamento digital de imagens é uma técnica viável e rápida na obtenção dos parâmetros biométricos de frutos e sementes de A. oncocalyx. Os tratamentos químicos e mecânicos nos diásporos não influenciaram na emergência das sementes (0,33%). A composição do meio de cultura influenciou na porcentagem de germinação, sendo o valor máximo observado de 96% com 6 g L-1 de sacarose e 0,90 g L-1 de meio M&S. Assim, a propagação seminífera de A. oncocalyx pode ser realizada com sucesso quando as sementes são germinadas in vitro e o processamento digital de imagem denota solidez e aplicabilidade com vistas à avaliação de parâmetros quantitativos de sementes e frutos da espécie.