CARACTERIZAÇÃO FITOSSOCIOLOGICA DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL RELACIONADO AO GRADIENTE DE ALTITUDE EM MACAÍBA/RN.
Fitossociologia; Ecótonos; Vegetação arbustiva e arbórea; Mata Atlântica.
A delimitação das Florestas Estacional deve ser realizada incluindo vários aspectos, como solo, relevo e vegetação. No Nordeste brasileiro, a Floresta Estacional Decidual ocorre em zona de contato entre a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica, sendo faixas estreitas e transicionais. No RN ocorre uma versatilidade florestal entre esses ecossistemas. A variação de altitude é um fator importante de mudanças de padrões vegetacionais, no entanto pouco estudada em florestas nacionais e locais. O estudo foi realizado em uma área de floresta decidual no município de Macaíba, esta foi dividida em 4 cotas com diferença de 19 m de altitude entre elas, foram coletados dados florísticos e fitossociologicos. Foi inventariado um total de 449 indivíduos distribuídos em 69 espécies, 49 gêneros e 36 famílias. Sendo a família mais representativa a Fabaceae com 11 espécies e 164 indivíduos, seguidas por Myrtaceae (10 espécies e 98 indivíduos) e Malpighiaceae (4 espécies e 10 indivíduos). As espécies Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S. Irwin & Barneby, Guapira laxa (Netto) Furlan e Zanthoxylum syncarpum Tul obtiveram os maiores índices Fr: 50, 45 e 50 e VI: 25,11%; 17,09% e 19,58% respectivamente. Nenhuma espécie ocorreu ao longo de todo gradiente, havendo uma entrada e saída de táxons constante, os valores da DCA foi de -0,851 e -6,8794, os indices de J’0,8432 , (C) 0,9533 E H’3,532; C2 apresentou os melhores valores para todos os índices analisados evidenciando um excelente estagio de conservação e fitosisionomia relacionada a Mata Atlântica; C1 e C4 apesar da distância apresentam fitofisionomia da Caatinga e do Cerado; enquanto C3 apresenta táxons de ampla distribuição entre os biomas nacionais. Assim se observa uma significante dissimilaridade na estrutura vegetacional de modo suave e continua.