Banca de DEFESA: YASMIM CRISTINA LEIROS MEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : YASMIM CRISTINA LEIROS MEIRA
DATA : 17/07/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Vídeo conferência
TÍTULO:

RESPOSTA HIDROLÓGICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIANCÓ ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS


PALAVRAS-CHAVES:

Modelagem hidrológica, Mudança Climática, SWAT, Semiárido, Recursos Hídricos.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

A mudança climática é um tema cada vez mais presente com interferência em diversos setores da sociedade, em especial o setor hídrico. À medida que os recursos hídricos ganham mais ênfase devido à crescente demanda pelo uso da água, torna-se crucial compreender o efeito da mudança climática nos componentes do ciclo hidrológico em escala de bacia hidrográfica para a gestão dos recursos hídricos. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi analisar os impactos das mudanças climáticas na resposta hidrológica da bacia do Rio Piancó, uma bacia do semiárido brasileiro. A avaliação destes impactos se deu a partir de simulações com o modelo hidrológico distribuído Soil Water Assessment Tool (SWAT) para o clima presente e para dois diferentes cenários de emissão de gases de efeito estufa (GEE), RCP 4.5 e RCP 8.5, no futuro próximo (2022-2043). Para simulação hidrológica do clima presente foi utilizado um conjunto de dados meteorológicos diários de estações superfície, regularmente dispostos no espaço com resolução ~ 25 km. Para o clima futuro foi utilizado os dados meteorológicos de projeções dos MCG do Coupled Model Intercomparison Project Phase 5 (CMIP5), especificamente, as projeções do modelo MIROC5, com a precipitação e a temperatura regionalizadas para um espaçamento horizontal de ~ 25 km. As projeções hidroclimáticas média na bacia no futuro próximo resultam em um leve aumento na precipitação (3%) e deflúvio (1,4%) para o cenário RCP 4.5 e para o RCP 8.5, reduções consideráveis na precipitação (6,5%) e deflúvio (14%). A contribuição do escoamento superficial para o deflúvio aumentou em ambos os cenários, podendo chegar a 78% (RCP 4.5) e 80% (RCP 8.5), enquanto que as projeções para contribuição dos escoamentos subsuperficial e de base para o deflúvio foram de queda, podendo chegar 14% (RCP 4.5) e 13% (RCP 8.5) e a 13% (RCP 4.5) e 7% (RCP 8.5), respectivamente. Parte destes efeitos estão associados a projeção de mudança no ciclo anual de precipitação da bacia (RCP 4.5 e RCP 8.5), que alterará o início, o termino e a magnitude sazonal dos fluxos hidrológicos. Os efeitos nos fluxos hidrológicos durante a estação úmida (jan-mai) para ambos os cenários, apresentaram mesma disposição de redução, sendo mais intensos no RCP 8.5.  Já durante a estação seca (jun-dez), de modo geral, a propensão dos cenários RCP 4.5 e RCP 8.5 foram aumentar e reduzir, respectivamente. Na avaliação da projeção de disponibilidade hídrica sazonal, na estação úmida, a vazão média deverá reduzir em 15% (RCP 4.5) e 31% (RCP 8.5), e na estação seca deverá reduzir, adiantando a intermitência do rio Piancó para ambos os cenários. Para as vazões extremas, as projeções foram de redução na estação úmida, 4% (RCP 4.5) e 2,5% (RCP 8.5) e aumento intenso na seca, com mudanças de 243% (RCP 4.5) e 143% (RCP 8.5). A considerável redução na disponibilidade hídrica e aumento nas vazões extremas são resultados alarmantes. Embora a resposta hidrológica a mudança climática não tenha a mesma propensão para os cenários de GEE no balanço hídrico, esta apresentou tendências semelhantes na escala sazonal.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2411669 - JONATHAN MOTA DA SILVA
Interna - 1914304 - KELLEN CARLA LIMA
Externa ao Programa - 1759777 - ADELENA GONCALVES MAIA
Externo à Instituição - ADRIANO ROLIM DA PAZ - UFPB
Notícia cadastrada em: 13/07/2020 10:23
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