Banca de DEFESA: DÉLIS DE OLIVEIRA FERREIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DÉLIS DE OLIVEIRA FERREIRA
DATA : 22/04/2025
HORA: 08:30
LOCAL: Centro de Biociências - UFRN
TÍTULO:

PROPOSTA DE UM NOVO PROTOCOLO PARA O DIAGNÓSTICO DA ENDOMETRITE CRÔNICA: ACESSIBILIDADE À POPULAÇÃO DE BAIXARENDA E POSSIBILIDADE DE IMPLANTAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

 


PALAVRAS-CHAVES:

Endométrio; Plasmócito; CD138; Microbiota; Bacilos supracitoplasmáticos;


PÁGINAS: 126
RESUMO:

A endometrite crônica (EC) é caracterizada pela inflamação do endométrio, tecido que
reveste a cavidade uterina, e está associada a manifestações clínicas que incluem
irregularidades menstruais, dor pélvica, complicações obstétricas e infertilidade. No
entanto, a ausência de sintomas específicos pode dificultar a identificação precoce e
precisa da doença. Essa dificuldade no diagnóstico reside ainda no fato de que os métodos
disponíveis apresentam limitações de sensibilidade e especificidade, evidenciando a
necessidade do desenvolvimento de um protocolo diagnóstico para a doença que seja
eficiente e economicamente viável. Dentro desse contexto, essa pesquisa propôs
abordagens inovadoras para a identificação precoce da doença e o desenvolvimento de
um protocolo acessível, preciso e clinicamente relevante. Para isso, foi realizada uma
revisão de literatura, com o objetivo de apresentar um painel que inclui os principais
gêneros bacterianos associados à endometrite. Os gêneros mais citados foram Chlamydia
spp., Ureaplasma spp., Streptococcus spp., Mycoplasma spp., e Enterococcus spp, os
quais se relacionam a importantes alterações inflamatórias endometriais. Visando
comparar diferentes métodos para realização de biópsia endometrial, quanto à sua
viabilidade em permitir o diagnóstico da endometrite a partir de análises histopatológicas
e imuno-histoquímicas para CD138, CD56 e PGP 9.5, foram coletadas amostras de tecido
endometrial em pacientes atendidas no setor de histeroscopia cirúrgica na Maternidade
Escola Januário Cicco (MEJC), Natal-RN. O tecido endometrial foi obtido através de
histeroscopia, pipelle de Cornier, e cateter uretral (Nelaton®) acoplado a uma seringa. Não
foram identificadas diferenças significativas entre a caracterização histopatológica e a
marcação imuno-histoquímica quando se comparou os três métodos de coleta utilizados.
Sugere-se, portanto, o uso do cateter uretral acoplado a seringa como um novo método
para realização de biópsia endometrial, sendo este mais acessível financeiramente; com
menor risco de complicação posterior ao procedimento, e tão eficiente para a obtenção de
tecido endometrial quando os outros métodos citados. Além disso, com o objetivo de
investigar a relação entre a expressão de CD138, fatores clínicos e as características
citológicas e microbiológicas cérvico-vaginais, comparando dois métodos de biópsia
endometrial: histeroscopia e cateter endometrial, foram analisadas amostras de mulheres
em menacme, sem histórico de doença crônica. As amostras foram submetidas a análises
imunohistoquímicas, citologia cérvico-vaginal, Score de Nugent e detecção molecular de
patógenos por qPCR. Observou-se que fatores clínicos como idade, histórico reprodutivo
e patologias uterinas não estiveram associados à presença de plasmócitos no endométrio.
A associação significativa do uso de hormônios, desvio de flora com bacilos
supracitoplasmáticos e a detecção de hemácias íntegras e degeneradas na região cérvicovaginal, com o aumento de plasmócitos marcados com o anticorpo CD138, sugerem um
papel relevante na fisiopatologia da EC, possivelmente por contribuir para um ambiente
inflamatório persistente. Além disso, esses dados reforçam a importância da análise
citológica como exame complementar na identificação de pacientes com a doença. Em
conjunto, estes dados mostram que a presença dos microrganismos citados no endométrio
pode comprometer a saúde reprodutiva feminina, e que o uso de cateter uretral do tipo
Nelaton® adaptado para fins de realização de biópsia pode despontar como uma
promissora forma de se obter amostras de tecido endometrial, seja para realização de
análises microscópicas teciduais, seja para a identificação de microrganismos
relacionados à EC, bem como a identificação de outras patologias uterinas.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1199080 - ANA KATHERINE DA SILVEIRA GONCALVES DE OLIVEIRA - UFRNExterna à Instituição - AYANE CRISTINE ALVES SARMENTO - UFRN
Externo ao Programa - 3527859 - ERMETON DUARTE DO NASCIMENTO - nullPresidente - 1714294 - MARCIO FERRARI
Externo à Instituição - RICARDO NEY OLIVEIRA COBUCCI - EBSERH
Notícia cadastrada em: 15/04/2025 19:51
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